Criada pelo prefeito Marcelo Iunes, a Força-Tarefa coordenada pelo vice-prefeito Dirceu Miguéis Pinto para a conclusão do restauro e recuperação da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, identificou prioridades inciais para a finalização das obras. A restauração e requalificação executadas pelo Município têm como objetivo principal valorizar a estética original do prédio, mesmo em face de adaptações e adequações de demanda funcional, buscando atendê-las através de decisões projetuais que além do restauro e recuperação dos elementos históricos, propõem intervenções evidentes, porém discretas com materiais contemporâneos que dialogam e se harmonizam com as características do objeto de restauro sem gerar dúvidas sobre a época.
“Vamos fazer alguns pequenos reparos nos serviços anteriormente executados, como na pintura e pisos; fazer uma recuperação na parte interna da torre e, posteriormente, vamos fazer o forro, que será de gesso. A segunda parte será a sonorização e climatização e, nesse caso, dependemos do ajuste do orçamento feito dois anos atrás. A Fundação de Cultura do estado é quem vai destinar os recursos para estes serviços. Vamos atualizar as planilhas desta situação”, disse o vice-prefeito. “No ponto que se refere à Prefeitura, nós temos um cronograma para dentro de seis meses entregarmos em definitivo essas obras”, completou Dirceu Miguéis.
O vice-prefeito informou ainda da necessidade da adequação da rede de energia elétrica do local. “Temos um projeto, que demos entrada na Energisa para pedido de extensão de rede de alta tensão para atender a igreja. Teremos carga elevada de energia, que precisa ser de alta tensão. Também vamos licitar o padrão de energia para o atendimento à igreja, com o transformador”, disse.
“O prefeito Marcelo Iunes delegou que acompanhasse o trabalho para finalizarmos as obras da Igreja Nossa Senhora Candelária, que esteve praticamente paralisada devido a um problema com o empreiteiro que ganhou a licitação anteriormente. Agora, estamos dando andamento para que essa obra seja concluída. O prefeito determinou a sua conclusão, o mais breve possível”, afirmou o vice-prefeito.
Integram a Força-Tarefa, além do vice-prefeito, representantes da Secretaria Municipal de Governo, da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos e da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico.
Patrimônio Municipal e Estadual
Construída por Frei Mariano de Bagnaia no século 19, a igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária tornou-se patrimônio histórico e cultural do município de Corumbá no dia 02 de fevereiro de 2017, por meio do decreto municipal número 1.748.
A declaração, para fins de tombamento, levou em consideração – além das características arquitetônicas da igreja – a proteção do patrimônio histórico cultural local; o valor histórico da Catedral para a cidade; o fato de ter sido construída em 1885 e ser o templo católico mais antigo de Mato Grosso do Sul e ainda o fato de Nossa Senhora da Candelária ser padroeira de Corumbá e da Diocese.
O prédio da Matriz agrega valor ainda maior a um conjunto arquitetônico de muita relevância. Está inserido num complexo de prédios históricos formado pela antiga unidade da Casa Mista, do Instituto Luiz de Albuquerque (ILA) e a sede da Polícia Federal.
No mesmo ano, a Catedral de Nossa Senhora da Candelária foi reconhecida como Bem do Patrimônio Histórico Material de Mato Grosso do Sul. Conforme a publicação, o Conselho Estadual de Cultura concluiu que a Igreja “está entre as edificações de maior expressão quanto à riqueza histórica e arquitetônica de Mato Grosso do Sul”.
O prédio, com elementos da arquitetura eclética, cuja pedra fundamental foi lançada em 1872 pelo pregador imperial e Vigário da Vara, Frei Mariano de Bagnaia, foi inaugurado em 1877. Na igreja fica alojada a padroeira de Corumbá, Nossa Senhora da Candelária, e em sua construção foi encontrado um brasão da Coroa Portuguesa. A Catedral está inserida numa região próxima de outros prédios e monumentos que já tiveram seu valor histórico reconhecido.