O governador Reinaldo Azambuja deve anunciar nos próximos dias um pacote de investimentos que vai melhorar o acesso a diversas regiões do Pantanal de Corumbá. Além de facilitar o combate ao fogo, comum nessa época de seca, as intervenções vão favorecer o escoamento da produção pecuária dessas localidades.
“Há algum tempo estamos solicitando essas melhorias ao governador Reinaldo Azambuja, um grande parceiro do povo corumbaense. Agora estamos na expectativa de que, muito em breve, esse anseio antigo dos pecuaristas e da população pantaneira seja finalmente atendido”, afirmou o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, juntamente com o vice-prefeito Dirceu Miguéis Pinto.
“Importante também agradecer ao secretário de Infraestrutura do Estado, Eduardo Ridel, pelo empenho e pela disposição de sempre buscar atender os pedidos que levamos até ele”, disse, lembrando que só este ano três ofícios foram encaminhados ao Governo do Estado destacando a importância das obras estruturantes nas áreas mais afastadas da planície pantaneira.
Profundo conhecedor do Pantanal, o vice-prefeito Dirceu Miguéis Pinto elogiou a disposição do Governo do Estado e ressaltou a importância econômica do pantanal para a economia da cidade. “Esses investimentos são esperados há décadas. Com certeza estamos bem próximos de viver uma nova era na pecuária pantaneira e, consequentemente, no dia a dia de toda a população”, afirmou.
Atualmente, cerca de 93% do território do Pantanal está sob administração de propriedades privadas. Os grandes incêndios florestais do Pantanal em 2020 acarretaram problemas econômicos e ambientais por conta da grande seca e por consequência a alta escala e descontrole, comprometendo a infraestrutura da região, como pontes, casas e cercas, apesar de todos os esforços feitos pelos órgãos competentes e inclusive os pecuaristas do nosso Pantanal em conter tal situação.
Naquele ano só a região do Paiaguás registrou 453.000 hectares de área queimada, onde, segundo o 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros, 28 fazendas foram afetadas pelas chamas. O difícil acesso à região dificultou o trabalho dos bombeiros, dos agentes do Prevfogo e dos próprios trabalhadores rurais.
Por tudo isso, a Prefeitura solicitou ao Estado o aterro da estrada e a construção de um ponte que liga o Porto Alegre (também conhecido como Porto Zé Viana) até o Portão Preto, uma distância de aproximadamente 6 quilômetros. “Essa obra assegurará uma via de acesso que facilitará o trabalho dos bombeiros e brigadistas quando esses forem acionados para atender a região do Paiaguás”, enfatizou o Município em ofício encaminhado à Secretaria Estadual de Infraestrutura.
A Prefeitura solicitou ainda a intervenção do Governo do Estado para a construção de um rabicho de acesso do Porto São Pedro até a Fazenda Ipiranga, um trecho de 22 quilômetros. Essas obras facilitarão também o escoamento da grande produção (gado) de toda região do Paiaguás, bem como o abastecimento de fazendas dessa grande região.
A estrada é o principal acesso à uma das regiões ,ais produtoras de gado e corte do Pantanal Sul-mato-grossense e compreende mais de 20 fazendas. Cerca de 40% de toda produção local abastece o mercado interno.
***Foto: Clóvis Neto