O segundo dia do ‘I Seminário Municipal do Patrimônio Cultural de Corumbá’ nesta terça-feira, 24 de agosto, proporcionou um passeio pela cultura e história corumbaenses. Logo cedo, na praça da República, após recepção à imagem de Nossa Senhora do Carmo – em frente à Catedral de Nossa Senhora da Candelária – os participantes assistiram a uma aula de vivências de educação patrimonial com a professora e historiadora Ramona Ortiz e com a arquiteta Joanita Ametlla.
A vivência patrimonial apresentou informações do complexo histórico que compreende a praça da República, ladeira Cunha e Cruz, igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária e prédio do Instituto Luiz de Albuquerque (ILA) e a contextualizou a ocupação do Casario do Porto, uma área que era estritamente comercial.
A ladeira Cunha e Cruz e a praça da República, foram palco de importante batalha da Guerra contra o Paraguai para a Retomada de Corumbá. A ladeira também é o ponto alto dos festejos do Banho de São João com as descidas dos andores até o rio Paraguai para o banho do santo.
A arquiteta Joanita Ametlla contou que a praça da República e seu entorno é uma das regiões mais importante para o patrimônio cultural de Corumbá. Reúne importantes prédios históricos como a primeira igreja do Estado de Mato Grosso, a Matriz Nossa Senhora da Candelária, o primeiro grupo escolar de Corumbá, conhecido como ILA, o primeiro mercado municipal, onde hoje está instalado o prédio das Lojas Americanas e sobre o Obelisco.
Passadas as bênçãos de Nossa Senhora do Carmo – a imagem não vinha para a área urbana de Corumbá há mais de uma década, houve um cortejo de São João até o Porto Geral de Corumbá onde aconteceu o levantamento do mastro com mestres cururueiros e uma roda de siriri.
Também no Porto foram apresentados os contemplados com o Prêmio Agripino Magalhães de Cultura Popular: ‘Leidiane Garcia com o grupo vocal de percussão e dança do siriri’ e o ‘Siriri Bonito Noix Quem Vem Fazer’, com a professora Sara Melo.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura e Patrimônio Histórico de Corumbá, Joilson Silva da Cruz, e o presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Gustavo de Arruda Castelo, o Cegonha, acompanharam o evento.
Viola de cocho e gastronomia
Também na manhã de hoje, no Porto Geral, aconteceu a abertura do ‘III Festival de Viola de Cocho de Corumbá’. A tarde acontece a aula inaugural da ‘Cozinha Show’ com a história e o processo de produção gastronômica do Sobá, prato tão importante para a cultura campo-grandense, registrado como Patrimônio Cultural campo-grandense desde 2006, e que também foi eleito em votação de 2018 como o “Prato Típico de Campo Grande”. A Cozinha Show contará com a presença de Helcio e Marlei Kohagura, casal que produz massa para preparo do sobá okinawano/campo-grandense.
No dia 25, ocorre às 8h e às 14h, o ‘III Festival de Viola de Cocho de Corumbá’, com Oficinas de mini viola de cocho e de Siriri. Será realizada ainda ‘Cozinha Show’, com degustação de pastel de torresmo de piranha e rondelli com castanha de bocaiuva, às 8 horas. No período vespertino, às 14 horas, acontece a oficina com degustação de peixe à urucum e panna cota de bocaiuva. No dia 26 de agosto, às 8 horas, a ‘Cozinha Show’ traz oficina com degustação do macarrão de comitiva. Já às 14 horas, a oficina será de saltenha e refrigerante de mate chimarrão. Com informações da FCMS.