A 16ª edição do Festival América do Sul Pantanal (FASP) vai ser realizada no período de 26 a 29 de maio deste ano. A data foi definida na noite desta terça-feira, 08 de fevereiro, durante audiência pública no auditório do Senac. É claro que em razão da pandemia da covid-19, a realização efetiva do evento está condicionada a um cenário de completa segurança sanitária na cidade.
“Estamos prontos para que a gente consiga realizar o nosso Festival América do Sul Pantanal, a sua décima sexta edição. Mas, isso tudo vai depender da evolução ou da regressão da pandemia”, ressaltou o diretor-presidente da Fundação de Cultura de MS, Gustavo de Arruda Castelo, mais conhecido como Gustavo Cegonha. “Ficamos dois anos parados em função da pandemia. É um momento muito importante, para nós, estarmos aqui e ouvir aquilo que todos pretendem. É motivo de orgulho para nós termos esta parceria com a população e o poder público de Corumbá. Nós não conseguiríamos realizar este Festival sem a parceria de vocês”, completou Gustavo Cegonha ao enfatizar que “todas as propostas vão ser muito bem avaliadas por nós”.
Representando o prefeito Marcelo Iunes, o diretor-presidente da Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico de Corumbá, Joilson Cruz, destacou a importância da audiência pública, que teve como objetivo ouvir propostas da população sobre o Festival. “Permite ouvir os anseios da comunidade e da classe artística. É um momento é único ímpar porque se trata da formatação desse Festival, que é de grande porte e tem grande importância para o município e para o estado. O que é discutido e proposto aqui, na maioria das vezes, a gente vê refletido no Festival”, disse. Assessora politica da Secretaria de Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Gláucia Iunes, participou da audiência pública. “É um momento importante para nós corumbaenses discutirmos o Festival América do Sul Pantanal e seu conceito. Corumbá é a cidade que mais respira cultura em Mato Grosso do Sul”, disse ela.
Para o evento deste ano, a proposta apresentada pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) é de que o FASP terá como tema a homenagem ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Também foram propostos, como homenageados, a artista visual Lídia Baís e o escritor Lobivar de Matos. A realização do 16ª edição do Festival América do Sul Pantanal (FASP), em maio, foi aceita por unanimidade pelos participantes da audiência pública. A outra data sugerida foi o período de 02 a 05 de junho.
Entre as diversas sugestões e contribuições feitas pelos participantes da audiência pública, estão: incluir a literatura indígena no Quebra-Torto; a manutenção das oficinas audiovisuais nas semanas que antecedem o Festival; a participação dos profissionais da capoeira da cidade de Corumbá; mediação de leitura por meio da contação de histórias e rodas de leitura de forma itinerante; homenagear o cientista Detlef Walde; palestras sobre educação musical; realização de Mostra de Curtas e debates sobre as festividades religiosas; contratação de produtores locais para ações e atividades da programação; homenagear a artista plástica Hebe Lacerda; incluir a pauta negra das religiões de matriz africana e o carnaval; realizar cursos de formação e encontro para arte educação; a descentralização dos locais das apresentações; que se realize o Festival com passaporte da vacina, fiscalização nos meios de transporte que traz os turistas para evitar um novo surto de Covid-19; mesa de debates específica sobre a temática carnavalesca; a Associação dos Poetas e Escritores de Corumbá e a União Brasileira de Escritores solicitam um espaço para expor livros de escritores locais; integração na área da dança; um estande com todas as gerências de políticas públicas; formato híbrido, presencial e online; dar oportunidade aos grupos LGBTQI+ de Corumbá para mostrar sua arte e cultura; inclusão dos coletivos de rua sul-mato-grossenses; apresentar a cultura do Candomblé; curso de fotografia; mais espaço para o cinema na periferia; seminário sobre a negritude; Festival de Cinema da Quebrada; discussão sobre educação ambiental; mais espaço para a cena do Rap e trazer mais grupos folclóricos para o Festival.
Também acompanharam a audiência pública o chefe de Gabinete da Prefeitura de Corumbá, Élbio dos Santos Mendonça; o secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social, César Freitas Duarte; o controlador geral do Município, José Wagner de Oliveira Júnior; o presidente da Câmara Municipal, Roberto Gomes Façanha e a a coordenadora do Fórum Estadual de Cultura, Bianca Machado. A audiência pública foi promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura e Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, juntamente com a Prefeitura de Corumbá e a Fundação da Cultura e do Patrimônio Histórico. Com informações da FCMS.