Mais de 6 mil foliões cruzaram a Passarela do Samba entre a noite de quinta, 21, e a madrugada desta sexta-feira, 22 de abril, durante os desfiles dos 11 blocos filiados à Liga Independente dos Blocos Carnavalescos de Corumbá (LIBLOCC). Um grande público, nas arquibancadas, acompanhou a festa aberta pela apresentação da Corte de Momo.
Primeiro a desfilar, o bloco ‘Os Intocáveis’ levou para a Avenida o enredo “Catadores de Iscas”. Fundada em 1994 a agremiação mostrou o cotidiano dos chamados “isqueiros”, que forma a base da economia advinda da pesca em toda a região. A apresentação discutiu as condições e a forma como é empregada a pesca de iscas nos rios da região.
“Crônicas de uma vida: as obras de vivência e literárias de Aziss Iunes” foi o enredo do ‘Afro Samba Reggae’, segundo a se apresentar. Com 700 componentes, o bloco homenageou o cirurgião-dentista, professor e historiador Aziz Iunes. “Dono de saber inigualável”, como diz o samba- enredo, Aziz teve sete filhos, sendo o prefeito Marcelo Iunes, um deles.
O ‘Águia da Vila’ cantou a trajetória da empresária Joice Santana, do setor de Turismo de Corumbá. O enredo “Cabeça Erguida Amor e Verdade o Sonho de Joice se Tornou Realidade…” foi apresentado por 700 componentes.
O ‘Flor de Abacate’ relembrou na avenida o sucesso dos seus 56 anos de desfiles carnavalescos. O bloco desfilou cantando o tradicional samba “Boa Tarde, Boa Tarde”, reconhecido popularmente como um hino e patrimônio do carnaval Corumbaense. Foi também uma homenagem às vidas que perderam a batalha contra o covid-19 e aos trabalhadores da saúde.
Quinto a entrar na Passarela do Samba, o bloco ‘Praia, Bola e Cerveja’ defendeu o enredo “No esporte, na política e na mesa de bar, sem Bira não dá!!”. Os 700 foliões cantaram, no samba, a homenagem ao contador Ubiratan Canhete de Campos.
O ‘Oliveira Somos Nós, levou para a avenida General Rondon o tema “Salve! O Projeto Sorriso de Criança”, que exaltou a história do projeto homônimo, que situado no bairro Cristo Redentor, atende cerca de 150 famílias. Foi criado em outubro de 2009 e tem como idealizadora Claudete Estevo e família.
“Um Minuto de Silêncio” foi o enredo do bloco ‘Arthur Marinho’. Os seiscentos foliões destacaram o trabalho dos profissionais de saúde no combate incansável à pandemia. O desfile expôs a gratidão a cada um deles. O samba exaltou “Viva a ciência e a cura e a fé no meu senhor”.
“Hoje meu batuque vem trazer a esperança, bloco Bola Preta vem pedir preservação”. Esse trecho do samba-enredo do ‘Bola Preta’ fez ecoar pela Avenida o alerta e o pedido de “Preservação do Pantanal” feito pelo enredo tema do desfile da agremiação carnavalesca.
Cantando “Edmir Abelha: História de Superação e luta…”, o ‘ Nação Zumbi prestou emocionante homenagem ao professor de História e ativista político Edmir Leocadio Figueiredo de Moraes, popularmente conhecido como ‘Abelha’, falecido em julho de 2021.
Atual campeão do desfile dos blocos oficiais, o ‘Vitória Régia’ foi o penúltimo a desfilar. Já na madrugada da sexta-feira, o bloco apresentou o enredo “Amor Universal”. Na passarela do samba, os foliões mostraram que o “amor pode ser expressado de diversas formas: com palavras, gestos, respeito, carinho, pois o amor é universal, é um sentimento que está no Cosmos e é muito ligado ao Criador e à criatura que somos nós”.
A apresentação terminou com a passagem do ‘Clube dos Sem’ pela avenida General Rondon. Fundado em janeiro de 1990 e filiado à Liblocc desde 1999, o bloco, com seus 600 integrantes, cantou o enredo “A Estrela vai Brilhar”.
**Edição Fotos: Gisele Ribeiro PMC