O prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes, participou nesta terça-feira, 13 de dezembro, da cerimônia em comemoração ao Dia do Marinheiro, realizada no 6º Distrito Naval. A data marca o nascimento do Patrono da Marinha do Brasil, Joaquim Marques de Lisboa, o Marquês de Tamandaré. A solenidade foi presidida pelo comandante do 6º Distrito Naval, vice-almirante Paulo César Bittencourt Ferreira.
Marcelo Iunes afirmou que a Marinha é uma instituição extremamente importante para a região pantaneira. “A Marinha é uma instituição que sempre nos apoiou. É parceira da Prefeitura nas ações de saúde, combate a dengue; nos ajuda junto à população ribeirinha. Essas iniciativas reforçam a amizade entre a Prefeitura e Marinha. É importante comemoramos esta data ao lado desta instituição que nos ajuda bastante”, disse.
“Parabenizo também aos agraciados com a medalha do Mérito Tamandaré, como o desembargador e presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Carlos Eduardo Contar; e o presidente da Federação das Associações Empresariais do Mato Grosso do Sul (FAEMS), nosso querido corumbaense Alfredo Zamlutti Júnior, que é grande parceiro nosso”, completou o chefe do Executivo corumbaense.
Durante a solenidade foi lida mensagem do comandante da Marinha, almirante de Esquadra Garnier Santos, referente ao Dia do Marinheiro. “Parabéns Marinheiros de hoje, de ontem e de sempre, com ou sem farda, da ativa ou da reserva! Seus esforços nunca foram em vão. Assim como Tamandaré, suas ações permanecerão como inspiração para as gerações predecessoras, contribuindo para que nossa Marinha siga navegando rumo à realização dos nossos sonhos e aspirações, mantendo a soberania do Brasil e a liberdade do povo brasileiro, ao qual sempre devotamos todas as nossas ações e reflexões”, afirmou o comandante da Marinha na Ordem do Dia.
Na cerimônia também foi lida a mensagem do presidente da República. Houve ainda a entrega da medalha do Mérito Tamandaré aos militares e civis que contribuíram com os objetivos da Marinha da Brasil.
História do Patrono
Desde o alvorecer do Brasil, sua história está entrelaçada ao mar. Pelos espaços marítimos chegaram os colonizadores portugueses e tantos outros povos que ajudaram a compor nossa identidade nacional. Também foi, pelo mar e águas interiores, escrita a história da consolidação da independência e da defesa dos nossos atuais contornos. Essas águas, nas quais sempre fomos vitoriosos, foram igualmente marcadas pelo sacrifício de nossos compatriotas, que ofereceram suas vidas em prol do Brasil.
Com essa visão, rendemos uma justa homenagem no dia 13 de dezembro, data do nascimento do Almirante Joaquim Marques Lisboa, à história de um dos grandes Heróis Nacionais, o Patrono da Marinha do Brasil, o qual dedicou, com plena devoção, 66 anos de serviço à Pátria.
Além da Guerra de Independência, onde esteve embarcado na Fragata Niterói, participando da perseguição à frota portuguesa que deixava a Bahia, destacou-se na Guerra Cisplatina onde recebeu o seu primeiro comando de navio com 18 anos de idade e, depois, se tornou um herói, participando de vários episódios importantes dessa guerra. No período Regencial, tomou parte ativa na pacificação de várias insurreições. Viveu, portanto, em um período muito importante da consolidação do Estado nacional.
Como Capitão de Mar e Guerra, foi o primeiro Comandante da Fragata a vapor D. Afonso, primeiro navio de guerra de grande porte com propulsão a vapor incorporado pela Marinha do Brasil. Em uma das provas de mar ao largo da cidade inglesa de Liverpool, salvou membros da tripulação e passageiros do navio Ocean Monarch, que levava emigrantes para os Estados Unidos da América. Já no Rio de Janeiro, ainda comandante da D. Afonso, conseguiu rebocar e trazer para dentro da Baía de Guanabara a Nau da Marinha de Portugal Vasco da Gama, que se achava desarvorada fora da barra, em meio a uma tempestade.
Como Almirante, comandou a Força Naval brasileira no Rio da Prata entre os anos de 1864 a 1866. No conflito contra o Paraguai, organizou toda a logística necessária para a manutenção dessa Força, e conduziu o início do bloqueio, estratégia que selou o destino do Paraguai. Tamandaré está entre o seleto grupo de brasileiros que contribuiu para resguardar o Brasil da desagregação e para a concórdia e paz do extremo norte ao extremo sul do Brasil.
Faleceu no Rio de Janeiro, então capital federal da República, em 20 de março de 1897, após uma longa vida dedicada à Marinha do Brasil. As muitas qualidades e, sobretudo, o caráter do Almirante Tamandaré, comprovado por suas ações, são exemplos, não somente para os bons marinheiros, mas para os brasileiros de todos os tempos; relembrá-las é um exercício de patriotismo e inspiração.
O exemplo de Tamandaré, pautado na Rosa das Virtudes, deve ser fonte permanente de inspiração, de modo a continuarmos honrando o seu legado de dedicação no cumprimento do dever. Com informações da Marinha do Brasil.