Corumbá iniciou neste sábado, 15 de janeiro, a imunização das crianças de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19. Para facilitar o acesso de toda população, a Secretaria Municipal de Saúde montou três postos de vacinação em diferentes regiões da cidade: na Escola Estadual João Leite de Barros, localizada na rua Cabral, 761 – Centro; na UBSF Kadwéus, na rua Cyríaco de Tolêdo, bairro Nova Corumbá; e na UBSF Padre Ernesto Sassida, na rua Dom Aquino, 2544, no bairro Dom Bosco.
O prefeito Marcelo Iunes e a primeira-dama e secretária municipal de Assistência Social e Cidadania, Amanda Balancieri Iunes, acompanharam o início da vacinação na escola João de Leite, onde levaram o filho Matheus para receber sua primeira dose de imunizante contra o novo Coronavírus.
“Esse é um momento muito esperado. Sabemos que a ciência provou a importância da vacinação, e quem ama cuida. Então cuidem dos seus filhos, cuidem dos seus menores pois eles são incapazes de decidir se querem ou não a vacina. Nós somos responsáveis. Hoje estou aqui fazendo meu papel como mãe. O meu menino de dez anos, o Matheus, veio tomar a primeira dose, graças a Deus. Repito, é um momento muito esperado por todos nós”, afirmou Amanda.
O prefeito Marcelo Iunes também reforçou a importância da imunização das crianças e destacou o empenho de toda equipe envolvida no trabalho. “É importante os pais observarem que as crianças não têm condições de tomar suas próprias decisões sozinhas. E esses pais podem até, de repente no futuro, serem responsabilizados porque essa criança não se imunizou”, observou o chefe do Executivo municipal.
“Só com a vacinação nós teremos a certeza de que as escolas vão funcionar normalmente, que as crianças poderão voltar a brincar novamente em uma praça esportiva, e que a vida vai voltar ao normal. Tenho certeza que Corumbá vai dar exemplo de novo, como sempre deu, na vacinação. Neste primeiro dia temos aqui uma grande procura. Infelizmente vieram só 630 doses, mas na semana que vem vão chegar mais. E quanto mais chegarem tenho certeza que nós, corumbaenses, vamos atender esse chamado”, prosseguiu o prefeito.
Ao lado de Amanda, Marcelo Iunes acompanhou a vacinação do filho e já projetou a vinda do seu caçula para a imunização. “Estou aqui atendendo meu filho de 10 anos. O de 14 anos já foi vacinado e agora é esperar para que meu caçula também receba sua primeira dose. Tenho certeza que na semana que vem, se Deus quiser, eu já possa trazer o Murilo para poder ser vacinado aqui também. Então a gente pede aos pais isso aí: tragam seus filho para receberem a vacina. Corumbá sempre foi uma das cidades que mais demonstrou a preocupação com a imunização”, concluiu o chefe do Executivo municipal.
Meta
Ao lado da secretária adjunta, Mariluce Leão, o secretário municipal de Saúde, Rogério Leite, foi outro que acompanhou de perto o começo da imunização nas crianças e também levou o filho para ser vacinado. A meta, segundo ele, é vacinar em torno de 3 a 4 mil crianças de 5 a 11anos em Corumbá. Ele explicou porque os postos são diferentes para adultos e crianças.
“A parte de logística o que foi acordada com o ministério da saúde, COSEMS e CONAIS e CONASEMS, é que nós tivéssemos, já que o frasco é diferente, uma ambientação diferente, até porque precisamos ter um ambiente mais calmo, mais tranquilo para os pais chegarem com as crianças e elas se sentirem mais confortáveis. Aqui em Corumbá nós estamos com três unidades já fazendo essa aplicação e continuamos também com a aplicação na Ladeira (Cunha e Cruz) para atender os adultos”.
Ainda de acordo com o secretário, somente a vacinação pode impedir que as variantes da Covid-19 continuem provocando os mesmos danos hoje enfrentados por outros Países, principalmente na Europa. “Nós não queremos passar o que estão passando hoje em outros locais da Europa porque não vacinaram, não acreditaram na vacina. Eu acabei de sair da Covid, hoje é meu primeiro dia fora já testando negativo, sem complicação nenhuma relacionada ao vírus. Eu acredito muito que foi diferente do que eu tive quase dois anos atrás por causa da vacina”, pontuou.
Rogério também fez uma pelo aos país da região. “Você que está em descrédito com a vacina, acredite na ciência, acredite que essa vacina vai continuar fazendo com que a gente possa ter um livre arbítrio de trabalho, lazer e o convívio social, que é muito hoje do que nós estamos debatendo durante o Janeiro Branco, voltado à saúde mental. Todos ficamos atordoados com essa doença, ficamos temerosos, receosos e depressivos numa uma certa altura. Hoje precisamos manter esse convívio social, pois ninguém aguenta mais ficar preso. Queremos uma sociedade livre e isso só vem com a vacina”.
“A Prefeitura, através da gestão do prefeito Marcelo Nunes, está dando total condição da população ser vacinada. Então você não tem mais desculpa. Procure a unidade de saúde pra ser vacinado e manter a nossa sociedade livre”, prosseguiu, agradecendo também os profissionais da linha de frente no combate ao novo Coronavírus. “Sou muito grato à nossa equipe, muito grato ao prefeito Marcelo Nunes que tem possibilitado darmos continuidade ao trabalho na Saúde e fazer com que a gente tenha realmente uma nova realidade com mais segurança à sociedade”.
Médico, Rogério Leite faz parte da linha de frente do enfrentamento da Covid-19 desde antes dos primeiros casos serem registrados na cidade. Apesar de toda experiência desses quase 2 nos de pandemia, ele se emocionou ao ver o filho vacinado. “É um sentimento inexplicável. A primeira vez que tive a doença ainda não tinha vacina e realmente foi uma complicação atrás da outra. Não cheguei a ser hospitalizado, mas foi uma manifestação clínica muito ruim”, recordou.
“Agora nessa segunda vez, já depois da vacina, foi basicamente como um resfriado. Hoje estamos aqui de volta. Mato Grosso do Sul, através da Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá e do COSEMS, fomos o primeiro Estado a pedir ao ministro da Saúde a vacina para as crianças até dezessete anos. Naquele momento foi tido como se fosse uma loucura”, continuou, reforçando que somente a imunização em massa vai evitar que novas medidas restritivas sejam adotadas posteriormente.
“O que não podemos permitir é parar a sociedade. Temos que continuar na ativa e hoje o que garante realmente essa sociedade livre é a vacina, está mais que provado. Estou feliz, muito feliz mesmo por meu filho ser vacinado. Agora aguardando também que minhas outras duas filhas recebam suas doses. Vamos ter o maior prazer de trazê-las aqui pra receberem essa imunização, essa dose de esperança”, finalizou o secretário.