A Força Tarefa formada pela Prefeitura de Corumbá, Defesa Civil do Município e do Estado, Corpo de Bombeiros, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MS), Polícia Militar Ambiental, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Sudeco, Associação de Engenheiros e Arquitetos de Corumbá, Assembleia Legislativa e coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), apresentou nesta quinta-feira, 14 de fevereiro, o resultado das vistorias realizadas nas barragens da Vale e da Vetorial existentes no município.
A metodologia utilizada no trabalho, as situações identificadas em cada um dos equipamentos e as recomendações feitas às empresas e aos órgãos competentes foram apresentadas pelo diretor-presidente do IMANSUL, Ricardo Eboli Gonçalves Ferreira. O secretário municipal de Governo, Cássio Augusto da Costa Marques, representou o prefeito Marcelo Iunes no evento e destacou a importância do trabalho realizado pela Força Tarefa.
“A função da Prefeitura aqui é zelar pela segurança, tanto do meio ambiente, quanto de toda população de vive próxima a essas áreas de lavra. Queremos que o processo de produção continue dentro da maneira mais correta de se proceder”, afirmou o secretário, destacando a importância econômica da mineração para o Município. “Estamos zelando para que todo esse processo funcione da melhor maneira possível”, completou.
Mineração
Atualmente, duas mineradoras atuam em Corumbá: a Vale, que explora minério de ferro e manganês, e a Vetorial, que trabalha apenas com o ferro. A ação do Grupo de Trabalho se concentrou nas duas maiores barragens de cada empresa. Na da Vale, foram fiscalizadas as barragens “Pé de Serra”, localizada no morro do Urucum, e a Gregório, no morro de Santa Cruz. Essa segunda é a maior da região, com capacidade para 9 milhões de metros cúbicos de rejeitos.
Segundo Ricardo Eboli, a “Pé de Serra” está praticamente sem utilização, enquanto a “Gregório” apresenta níveis satisfatórios de funcionamento. “Verificamos a inexistência de danos nessas estruturas”, afirmou.
Na Vetorial, o trabalho se concentrou nas barragens da Mina Laís (morraria de Urucum), e da mina Monjolinho (morraria de Santa Cruz). Na primeira, com capacidade para 800 mil metros cúbicos, a Força Tarefa detectou que o limite de rejeito se apresenta muito próximo do nível da crista (ponto mais alto da barragem), infiltração no extravasor da barragem e inadequações no Plano de Ação Emergêncial.
Na outra, foi visualizado falhas na manutenção, principalmente nos taludes externos, a presença de máquinas pesadas na crista da barragem e a ausência do plano de ação emergencial. Uma série de recomendações foram apresentadas à empresa, ao Ibama e à Agência Nacional de Mineração. “Essas recomendações tiveram o apoio do MPE e do PMF”, destacou Eboli.