Boletim epidemiológico da Vigilância em Saúde mostra que durante a Semana 52 de 2018 (referente ao período de 30 de dezembro a 05 de janeiro) foram visitados 6.801 imóveis nas atividades de rotina combate ao mosquito Aedes aegypti.
Nesse período, houve ações de eliminação de focos, com o objetivo de impossibilitar o desenvolvimento do vetor e orientação junto aos moradores para que evitem o acúmulo de materiais que possam favorecer o depósito de ovos do mosquito transmissor. Foram realizadas ações de bloqueio químico em 338 imóveis nas microáreas Fero Ligas, Cripam e Rotary. A equipe de bloqueio mecânico realizou bloqueio na microáreas da Ferro Ligas, Rotary e Clio Proença.
O boletim traz informações referentes à dengue, zika vírus; chikungunya; leishmaniose e violência e Vigilância Ambiental em Saúde. Os dados têm como foco apresentar o panorama da doença no período analisado, sendo um instrumento de auxílio para a elaboração de estratégias, ações e interlocuções entre as equipes técnicas.
Dengue
Até a semana 52 foram notificados 195 casos de Dengue, destes 11 foram confirmados. A dengue é uma doença febril aguda, de origem viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente no mundo.
Vírus Zika
Até a semana 52 foram notificados 22 casos de Zika e 01 caso confirmado no Bairro Cristo Redentor. A Zika é uma doença viral aguda, transmitida principalmente, pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus, caracterizada por exantema manchas avermelhadas na pele, febre, vermelhidão nos olhos, dor nas articulações, dor de cabeça e dores musculares. A maior parte dos casos apresentam evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 -7 dias.
Chikungunya
Até a semana 52 foram notificados 37 casos de Chikungunya destes, 04 casos foram confirmados. A transmissão se dá através da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectadas pelo vírus. Casos de transmissão vertical (transmissão da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto) podem ocorrer e, muitas vezes, provocam infecção neonatal grave. Pode ocorrer também transmissão por via transfusional (transfusão de sangue), considerada rara de acordo com protocolos analisados.
Leishmaniose
Até a semana epidemiológica 52 de 2018, foram confirmados 12 casos de Leishmaniose Visceral e 05 casos de Leishmaniose Tegumentar. A leishmaniose visceral era, primariamente, uma zoonose caracterizada como doença de caráter eminentemente rural. Mais recentemente, vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica. É uma doença, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, fraqueza e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. No Brasil, a forma de transmissão é através da picada dos vetores Lutzomyia longipalpis, ou Lutzomyia cruzi, conhecidos popularmente por “mosquito palha”.
Influenza
Até a semana epidemiológica 52 foram registrados 12 casos suspeitos de infecção pelo vírus influenza. Comumente conhecida como gripe, a Influenza é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, dor muscular e perda de apetite, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura uma semana. Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas que apresentam outras enfermidades possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A vacinação é a intervenção mais importante na redução do impacto da influenza.
Conjuntivite
Até semana 52 foram notificados 1.355 casos de conjuntivite. A Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas. Ela pode ser aguda ou crônica, afetar um dos olhos ou os dois.
Monitoramento de doenças diarreicas agudas
Na semana 52 foram registrados 70 casos de Doenças Diarreicas Agudas. Destes, 08 casos ocorreram em crianças menores de 01 ano, 11 em crianças de 1 a 4 anos, 08 casos em criança de 5 a 9 anos e 37 casos em crianças com mais de 10 anos. A diarreia aguda é uma síndrome clínica de diversas etiologias que se caracteriza por alterações do volume, consistência e frequência das fezes, mais frequentemente associada com a liquidez das fezes e o aumento no número de evacuações. Com grande frequência costuma ser acompanhada de vômitos, febre, cólicas e dor abdominal. Algumas vezes pode apresentar muco e sangue (disenteria). Em geral é autolimitada, isto é, tende à cura espontaneamente, com duração entre 2 a 14 dias, e sua gravidade depende da presença e intensidade da desidratação ou do tipo de toxina produzida pelo agente que provocar outras síndromes.
Doenças e agravos não transmissíveis
Na semana epidemiológica 52/2018 tivemos 23 atendimentos, de pessoas em situação de violência nas unidades de saúde da REDESUS.