Sindicância da Saúde apura vencimento de medicamentos para diabetes

O secretário Municipal de Saúde, Rogério dos Santos Leite, esclareceu que em relação aos medicamentos de Metformina e Glibenclamida, usados para o tratamento de diabetes tipo 2, o Município abriu sindicância para apurar responsabilidades em torno da compra dos quase 9 milhões de comprimidos realizada em agosto de 2016 pela gestão que antecedeu a atual administração. “Em nenhum momento esta gestão foi omissa e deixou de adotar as ações necessárias para dar a vazão completa desses medicamentos”, frisou o secretário.

 

Rogério Leite explicou que a quantia exacerbada desses dois medicamentos foi constatada após o período de transição da administração que deixou o Executivo Municipal em dezembro de 2016 para a gestão que assumiu a partir de janeiro de 2017. “Quando assumimos, fizemos a comparação do que foi apresentado no relatório de transição com o que realmente tínhamos em todos os setores da Saúde. Ficou evidenciado um grande número desses medicamentos em nosso almoxarifado. Solicitamos um levantamento da quantidade usada pelos pacientes da nossa rede de saúde em relação à quantidade de medicamentos. Esse relatório mostrou que foram comprados, no total, quase 9 milhões de comprimidos e daria por quatro anos de uso. Mas, o histórico de uso de Corumbá não era condizente com esse volume total de medicamentos e não chegava nem a metade disso em dois anos”, informou o secretário ressaltando ainda que o prazo de validade desses comprimidos era de 1 ano e 8 meses.

 

Diante da situação, a Secretaria Municipal de Saúde adotou as mais diversas medidas para evitar que houvesse a perda dos medicamentos, inclusive realizou permutas e doações para outras cidades do Mato Grosso do Sul. “Desde a constatação adotamos medidas, temos comprovação documental dessas ações, fizemos doação; permuta desses medicamentos  através de ações civis e públicas; parcerias para atender a comunidade de Corumbá com Marinha,Exército e Organizações Não Governamentais (ONGs) Tudo foi feito e documentado. Fizemos doação para os municípios Mato Grosso do Sul possibilitando atendimento, mas houve sobra aproximada 1,4 milhão de medicamentos. Abrimos sindicância para apurar os motivos para apurar as responsabilidades de uma compra feita dessa forma. Em nenhum momento fomos omissos ou irresponsáveis em nossas ações. Estamos apurando com a Corregedoria do Município as responsabilidades por essa compra. Ressaltamos que toda nossa cidade foi abastecida com os medicamentos e o paciente sempre teve acesso aos dois medicamento”, frisou o secretário de Saúde.

 

“Foi uma compra exacerbada, feita pela gestão em agosto de 2016, para ser usada em quatro anos. Tínhamos apenas 1 ano e 8 meses para dar vazão a essa quantidade de medicamentos. Fizemos tudo o que foi possível, pedimo reaprazamento desses lotes ao laboratório, o que  não é possível e nos foi dada a negativa. Infelizmente, essa compa irresponsável fez com que sobrasse essa grande quantidade de medicamentos. É uma perda grande para o Município em razão dessa má gestão e mau uso do planejamento que foi feito na compra desses medicamentos”, afirmou o titular da Secretaria Municipal de Saúde ressaltando que todo o prcedimento está sob sindicância interna para apuaração dos responsáveis.
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