Experimentando uma cheia rigorosa em 2018, o Pantanal ganha reforços em investimentos para construção de pontes e de estradas. No dia 25 de junho, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, assinou ordens de serviço para execução de importantes obras de integração da região pantaneira, no valor total de R$ 18.432 milhões para restauração, implantação com revestimento primário e drenagem das rodovias MS-423 e MS-228, em um total de 105 km. Também foi autorizada uma licitação para construção de três pontes de concreto na MS-243, entre a Fazenda Jatobá e o Forte Coimbra, no valor de R$ 2.747 milhões.
Das 21.3 milhões de cabeças de gado existentes no MS, 1.9 milhões estão no Pantanal. As obras futuras vão facilitar o deslocamento, principalmente durante a cheia. “Há trechos hoje que não têm estrada, somente atravessa por dentro das fazendas. Leva-se muito tempo no percurso e o gado perde peso. Com as estradas, toda a região será beneficiada com a agilidade”, aponta o subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável e presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite.
Além das obras futuras do Governo do MS na região, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) já iniciou na última semana a implantação de um desvio na rodovia MS-184 (Estrada-Parque), no Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá. A ação recupera a ponte de vazante nº 4, que sofreu danos devido à pressão das águas durante enchente na região causada pelos rios Aquidauana e Miranda. Leite resume: “Tanto as obras nas estradas e portos quanto a recuperação da ponte na Estrada Parque vão facilitar o transporte do gado na planície que, hoje, abastece 40% do rebanho de engorda do planalto”.
Até o fim de julho, uma equipe técnica formada por representantes da Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, juntamente com topógrafo da Agesul e representantes da empresa prestadora de serviços, concluirão o levantamento de custos para possíveis obras a serem executadas pelo Governo do MS na região do Paiaguás.
O Porto do Alegre, também conhecido como Porto Zé Viana, no rio São Lourenço, necessita de 6 km de aterro e construção de pontes. Já o Porto São Pedro terá as demandas apontadas no final do mês, durante a visita técnica. “Com o documento em mãos poderemos pleitear junto ao Governo do Estado as obras na região. Dessa maneira, Nabileque, Nhecolândia e Paiaguás ficariam contemplados com infraestrutura no transporte do bezerro que abastece o planalto”, finaliza.