Uma viagem ao passado, um passeio à época em que os carnavais de rua eram marcados por certa ingenuidade e a avenida era tomada por príncipes; princesas; arlequins; pierrôs e colombinas lançando seus confetes e serpentinas. Assim foi a noite de encerramento do carnaval de Corumbá nesta terça-feira, 13 de fevereiro.
A passarela do samba pantaneiro foi palco do desfile cultural. Quem foi à Avenida viu de perto as apresentações emocionantes dos cordões carnavalescos Paraíso dos Foliões, criado em 1933; do Cravo Vermelho, fundado em 1944; Cinelândia, surgido em 1960, e o Flor de Corumbá, que nasceu no carnaval de 1993.
Corumbá é uma das poucas cidades brasileiras a manter viva a tradição dos cordões de carnaval, a partir de um amplo trabalho de resgate cultural promovido pela Prefeitura Municipal.
A história conta que os cordões locais nasceram em Ladário em 1922, onde também surgiu o primeiro bloco, organizado pelos militares da Marinha. Até 1942, a cidade tinha os seguintes cordões: Pomba Voou; Rojão da Mocidade; Pau Rolou; Sempre Viva; Filhos da Lua; Cana Verde; Mensageiro do Amor; Flor de Corumbá; Diabos do Céu; Paraíso dos Foliões; Cravo Vermelho; Bola de Ouro; Cravo Branco; Cordão da Vitória; Pimpolhas do Oriente; Pingo de Amor; União Marítimos; Cidade Branca; Cidade Jardim e Ala Feminina dos Marítimos. O número, ao longo das décadas de 80 e 90 – do século passado –, foi reduzido a somente um, com a permanência do Flor de Corumbá. Dados históricos dos cordões carnavalescos baseados em registros do Jornal Tribuna, de 1951 e, do livro “Corumbá Figuras e Fatos”, de Renato Báez, de 1963.
Antes do desfile dos cordões, passaram pela passarela do samba os bonecões; corte de Momo; desfile de corso (carros antigos) e de fuscas; alas das Pastoras; dos Marinheiros; bloco do frevo e dos Palhaços.
Encerrados os desfile do Carnaval Cultural, as atenções se voltaram para a praça Generoso Ponce onde foram realizados shows com o grupo Revelação; bateria da Gaviões da Fiel, além apresentações de grupos locais.