A Agência Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) notifica nesta quarta-feira, 23 de janeiro, as empresas telefônicas Oi e Vivo. No processo administrativo instaurado para apurar o motivo das falhas detectadas pelos clientes das duas empresas na região, o Procon deu prazo de 30 dias para as telefônicas apresentarem medidas para sanar essas situações e apresentar os projetos e planejamentos de ampliação para o município.
“São muitas as reclamações contra as duas empresas. No caso da Oi, os consumidores tem se queixado principalmente da internet banda larga. Além das falhas no sinal, muitas pessoas não estão conseguindo agendar o conserto da linha. E quando conseguem esse agendamento, o técnico simplesmente não aparece no horário combinado para executar o reparo”, afirmou o diretor-executivo do Procon, Alexandre do Taques Vasconcelos.
Entre as principais reclamações estão a queda ou a oscilações frequente de sinal de internet banda larga, em virtude da completa paralisação dos serviços da telefonia. A situação se agrava em períodos de chuva, pois há casos de inexistência do serviço durante períodos do dia e às vezes, com menor frequência por mais de 24h.
Além do mais, as tarifas cobradas do consumidor, sem quaisquer melhorias na prestação do serviço, geram insatisfação e revolta, pois a OI não tem investido na cidade na mesma proporção de seus lucros. Não há aprimoramento dos equipamentos de modo a melhorar a prestação de serviços e a empresa insiste em oferecer os mesmos serviços, sem que tenha condições de atender aos usuários, o que só agrava a situação. A ampliação de portas de internet precisa ser debatida como forma imediata de solução deste problema.
O Procon de Corumbá não aceita que a empresa mantenha uma rede subdimensionada, operando sempre na capacidade máxima, apresentando a toda hora congestionamentos e panes, deixando milhares de consumidores em grande aflição e prejuízo. É preciso que um projeto de amplificação da rede, nos moldes a atender às necessidades dos consumidores, seja concretizado, garantindo um padrão satisfatório de qualidade.
No caso da Vivo, as principais demandas recebidas pelo Procon de Corumbá são referentes ao sinal da telefonia móvel. “Ou o cliente não consegue completar a ligação, ou ela cai no meio do telefonema. E essa, infelizmente, tem sido uma situação recorrente aqui na cidade”, continuou Alexandre.
Quanto ao serviço de internet, a velocidade 3G/4G prometida pela operadora está aquém do contratado. Por ser muito lenta, frequentemente o sinal é interrompido, e as oscilações privam o usuário da utilização dessa importantíssima ferramenta de comunicação. E são muitas as reclamações de inclusão nos planos pós-pagos de serviços não contratados pelo usuário, o que é considerada prática abusiva prevista pelo art. 39, III do Código de Defesa do Consumidor.
Do mesmo modo, já foi levado ao conhecimento da diretoria da Vivo que, devido à proximidade de Corumbá com a Bolívia, a interferência do sinal de telefonia do país vizinho prejudica os usuários que residem em localidade fronteiriça, sobretudo onde estão instaladas as sedes do Paço e da Câmara Municipal, tanto em relação ao serviço de voz, quanto de internet móvel (bastante oscilante).
O diretor-executivo do Procon reiterou a necessidade dos consumidores procurarem o órgão e formalizarem suas queixas. Dependendo de cada situação, a empresa pode até abater a ausência de sinal dos valores cobrados. A quantidade de registros de reclamações também interfere diretamente no rankeamento das prestadoras de serviço, lembrou Alexandre Vasconcelos.
“Isso atrapalha o marketing dessas grandes empresas. Ou seja, elas vão buscar alternativas para solucionar esses problemas e diminuir o volume de reclamações. Por isso também é importante que o consumidor procure o Procon e exija seus direitos”, completou. O Procon de Corumbá funciona na rua Sete de Setembro, 322, entre as ruas 13 de Junho e Delamare, no Centro de Corumbá. O telefone é o 3907-5431.