A noite de Corumbá e seus encantos foi o fio condutor do enredo da escola de samba Mocidade Independente da Nova Corumbá. Última escola a passar pela avenida General Rondon no Grupo Especial, a agremiação da zona sul de Corumbá cantou “As luzes da ribalta corumbaense” com 700 componentes divididos em 16 alas.
O desfile da Mocidade foi aberto com a comissão de frente intitulada “noite de gala”. A agremiação, a exemplo da Império do Morro, optou por trazer o seu carro abre-alas após dois importantes quesitos: primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira e ala das baianas.
Kamilla e Edelton bailaram mostrando o pavilhão em verde, branco e vermelho representando em seus trajes a noite que abraça o dia, envolvendo-o em sua escuridão. Já as estrelas foram reservadas para as baianas que, juntas e rodando, transformaram a passarela num chão iluminado por esses corpos celestes.
A arara pantaneira, símbolo da escola, estava trajada de gala no abre-alas com vários destaques que descortinaram o desfile que se seguiria.
A bateria, comandada pelo mestre Diego, veio com cem ritmistas que foi o ponto alto do desfile com destaque para a cuíca e o agogô, instrumentos que deram um toque a mais, diferenciando o som da Mocidade das demais apresentadas na noite.
Figura bastante popular em Corumbá na segunda metade do século XX, Maria Mulata com sua casa de tolerância foi homenageada em um carro alegórico próprio. Conhecida também por sua paixão ao carnaval, o carro trouxe alegorias que remeteram à festa popular que também foi lembrada em uma ala dedicada aos bailes de fevereiro.
A música que sempre permeia a vida boêmia veio mostrada em diversas alas, desde as tradicionais serestas, até a sensação do momento com as violadas, sem esquecer os pagodões, ritmo bastante apreciado nas noites de Corumbá.
O desfile da Mocidade encerrou-se com o carro alegórico nominado “Boate – a melhor balada” que fez alusão a uma das formas de diversão noturna contemporânea mais buscada da cidade de Corumbá.