Corumbá celebra Dia da Mulher Negra e discute o racismo institucional

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, sob a coordenação da Gerência de Políticas para a Igualdade Racial da Casa da Cidadania, realizou na tarde da sexta-feira, 24 de julho, o V Encontro da Mulher Negra do Pantanal, para comemorar o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino e Caribenha, que é celebrado neste sábado, 25 de julho.

 

O evento aconteceu no auditório da Unidade III da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campus Pantanal, e o tema em debate foi o “Racismo Institucional” que, de acordo com o gerente de Políticas para Igualdade Racial, Rogério César dos Santos, foi escolhido para dar empoderamento ou visibilidade da mulher negra .

 

“Discutimos sobre todos os campos onde as mulheres são discriminadas e sofrem assedio, muitas nem sabem que estão sofrendo essa violência, por isso trouxemos duas palestrantes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, para elas falarem sobre os dados e estatísticas da mulher negra e sobre o racismo institucional”, disse Rogério.

 

A secretaria de Assistência Social e Cidadania, Mabel Sahib Aguilar, lembrou que a data é celebrada com alegria e citou que a Prefeitura, desde o início da atual administração, tem desenvolvido políticas públicas para este setor.

 

“O nosso prefeito Paulo Duarte desde o começo acreditou e tem fortalecido cada vez mais as gerências de Políticas Públicas para as Mulheres e a de Igualdade Racial, para saber que todos têm seus direitos. E hoje estamos aqui para lutar contra todo o tipo de descriminação”, explicou Mabel.

 

A vereadora Cristina Lanza, em seu discurso lembrou que “todas nós somos mulher e cada uma tem a sua peculiaridade. Acredito que todas sejam diferentes, independente da cor e da raça”.

 

A defensora pública Maria Clara de Moraes Porfírio disse ter sido uma honra participar de um evento como esse, não só representando a Defensoria Pública, mais também em causa própria.

 

“Entendo a importância de tratar desse assunto, entendo ser muito pertinente, como disse a Mabel, a questão da criação das políticas públicas, porque às vezes a mulher não tem condição de suprir suas necessidades sozinha e ela precisa de um empurrãozinho para poder seguir seu caminho. E essas políticas públicas são responsáveis por isso”, explicou.

 

A primeira palestrante foi Brenda Maria Alves Cordeiro, membro do Coletivo da Mulher Negra de Campo Grande, que falou sobre os números e a situação da mulher negra no país. “No Brasil a mulher negra só vê se mulher negra quando se encontra no papel da mulher negra. Segundo o IBGE de 2010, o Brasil tem a segunda maior população de mulheres negra”.

 

A segunda palestrante foi à professora da UEMS, Cintia Diallo, que falou sobre o racismo institucional, de como as práticas que existem na sociedade se reproduzem nas instituições privadas e particulares, e “acabam por limitar o acesso a bens materiais e imateriais”. Após as palestras foi realizada uma roda de conversa para expor as situações que muitas mulheres já passaram.

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