Foi apresentada na noite desta terça-feira, 17 de março, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Corumbá (ACIC),a pesquisa de “Oportunidades em Corumbá”, que tem como objetivo identificar as oportunidades de negócios nos 22 bairros da cidade.
O levantamento foi feito pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Indústria e Comércio e segundo o secretário Pedro Paulo Marinho, essa pesquisa contribui para descentralizar e ampliar os negócios no município, de forma que toda a população possa ter maior comodidade na hora de consumir.
“Como já temos uma interação com os empresários, através desses “Café com Negócios” que realizamos, vimos que muitos possuem vontade de investir em outras áreas da cidade, porém não o fazem por falta de informação, em especial, se haverá publico para consumir ou não. A partir dessa reflexão, resolvemos fazer uma pesquisa pelos bairros e ver o que os moradores queriam, do que eles estavam precisando e assim conseguimos montar essa pesquisa para saber a real necessidade de cada local”, explicou Pedro Paulo.
A pesquisa foi elaborada pelo gerente de Fomento e Produção Industrial, Raul Castelão, onde também foram utilizados dados do IBGE. “Estabelecemos o ano de 2010 como data base do universo da pesquisa, em função de ter sido o ano de realização do último censo no Brasil. A população-alvo é a da considerada área urbana do município, que, de acordo com o IBGE, é de 91.982 habitantes. A partir da definição desses critérios, utilizamos os dados para montarmos as amostras de cada bairro. A partir disso, conseguimos mapear quais são os serviços mais usados; do que eles sentem falta no seu bairro e o que eles gostariam que tivesse no seu bairro”, detalhou o economista.
“A pesquisa traçou o perfil de cada bairro, indicando qual o mais populoso; qual bairro tem maior renda, mostrando também onde se encontram a maior renda da classe C, por exemplo, que hoje é um público alvo com um grande potencial de compra, e depois mostrando qual é a oportunidade de investimento nos bairros, lembrando que em algumas das oportunidades não significa que não exista esse comércio ou serviço, e sim que eles precisam melhorar a sua atuação no local”, explicou Raul.
Na parte alta da cidade, o Bairro mais populoso é o Cristo Redentor com 10.154 habitantes, onde 18% das pessoas sentem falta de uma lotérica onde possam realizar seus serviços financeiros; 8% sentem falta de mercados; e 6% dos moradores sentem falta de lojas de roupas e açougue.
O Bairro Universitário possui 4.155 habitantes, mais é um dos bairros que possui maior renda, sem contar o Centro da cidade, onde 35% dos moradores sentem falta de um supermercado; 19% de um açougue; 16% serviço bancário e 13% de uma padaria.
O gerente de fomento e produção industrial lembrou que o item mais pedido na maioria dos bairros, segundo a pesquisa, foi “a falta de um açougue e a falta de um local para realizar os serviços financeiros, uma pague fácil, por exemplo. Lembrando que isso não significa que nos bairros não existam esses serviços, mais que precisam ser melhor trabalhados”.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Corumbá, Alfredo Zamlutti Júnior, lembrou que é preciso aproveitar as oportunidades que estão surgindo na região. “Vamos usar o que temos de bom, aproveitar esse prefeito bom e ousado que temos, porque Corumbá tem tudo e agora nós vamos pra frente”.
O prefeito Paulo Duarte agradeceu aos parceiros envolvidos no trabalho e lembrou que sem eles não seria possível a realização dessa pesquisa, uma ferramenta importante para todo o setor empresarial do município.
“Falar sobre as oportunidades de negócios que existem nos bairros mostrou um trabalho interessantes que pode ser utilizado pelos próprios moradores e, com a ajuda da Secretaria de Indústria e Comércio, os moradores podem realizar uma pesquisa de mercado, com a realização de um projeto de viabilidade no local”, afirmou.
O prefeito ainda reiterou que “todas as atitudes tomadas pelo governo são feitas com base em estudos e pesquisas, nada foi feito no achismo”, destacando os bons números registrados pela economia local nos últimos dois anos.