A animação continua intensa. A quarta noite do melhor e maior carnaval do centro oeste brasileiro foi marcada pelo desfile dos blocos oficiais que levantou o público na Passarela do Samba. Onze agremiações desfilaram e a campeã será conhecida na quarta-feira, a partir das 16 horas.
No desfile foram avaliados quatro quesitos: melodia, bateria, evolução e harmonia, com dois jurados para cada um. O desfile esteve a cargo da Liga Independente dos Blocos Carnavalescos de Corumbá (LIBLOC). A festa é uma realização da Prefeitura, sob coordenação da Fundação de Cultura de Corumbá e parceiros.
E quem abriu a festa foi um dos mais tradicionais blocos da cidade, o Flor de Abacate, que eternizou o samba “Boa Tarde, boa tarde”. Este ano, a agremiação prestou uma homenagem à Marinha, defensora da maior planície alagada do planeta, o Pantanal, com o samba enredo “Marinheiro tem muita história para contar”.
Logo em seguida foi a vez do Praia, Bola e Cerveja ganhar a Passarela do Samba. Este ano a agremiação homenageou o advogado Ronaldo Arruda da Costa. Se apresentou com 450 componentes e uma bateria com 60 ritmistas.
E a noite foi de homenagens. Os Intocáveis, terceiro a se apresentar, lembrou “Demétrius e Amigos – lembrança: um brilhante segredo da amizade. Além de Demétrius, amigo presidente, os foliões reverenciaram outro amigo, Nedir.
As formas de vida encontradas na terra também foram lembradas na avenida com o bloco Arthur Marinho, que cantou a Biodiversidade. A agremiação desfilou com 600 componentes e uma bateria com 100 ritmistas. Nem mesmo a fina chuva que caiu atrapalhou a passagem do bloco.
O quinto bloco a passar pela Passarela do Samba foi o Afro Samba Reggae (Antigo Olodum) que reforçou na folia, a conscientização em relação ao câncer de mama e de próstata, lembrando o Outubro Rosa e o Novembro Azul. A agremiação homenageou a Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Oliveira Somos Nós foi outro bloco a encantar o público na Passarela. Com 600 componentes, 60 só na bateria, a agremiação cantou “A beleza da mulata pantaneira”.
A noite teve também homenagens a duas pessoas que se destacaram por meio da dança. O Vitória Régia, por exemplo, lembrou Ana Paula Honório, corumbaense que, hoje, é professora de ballet e dança do ventre, em sua academia. E encantou com a sua comissão de frente com 11 belas dançarinas e a dança do ventre, e com a sua bateria. A segunda dançarina lembrada foi Sônia Ruas que esteve presente no Bola Preta com o tema “Sônia é arte em nossas ruas”, com destaque para o trabalho cultural desenvolvido por ela.
Mãe Elza, pessoa bastante conhecida na cidade, falecida em 2004 aos 78 anos, foi lembrada pelo Nação Zumbi que cantou “Mãe Elza Guerreira”. O bloco passou pela avenida, reverenciando a mãe de santo, falou da saudade que ela deixou, das festas de Cosme e Damião e outras realização da mulher guerreira como os desfiles pela Vila Mamona.
O décimo a se apresentar foi Águia da Vila e o carnaval foi o tema principal da sua apresentação. A agremiação fez uma homenagem àquelas pessoas que fazer a folia pantaneira com o tema “O maior espetáculo do centro oeste brasileiro”. Destaque para a sua bateria, a alegria dos componentes e o carro abre alas com a águia, símbolo do bloco, ‘voando’ pela Passarela.
O desfile foi encerrado com o Clube dos Sem que apostou tudo nos seus anos de fundação (25/11/1990) em busca de mais um título. A agremiação fez um belo desfile embalada pela sua bateria que contou com 150 ritmistas e coloriu a avenida com confetes e serpentinas.
Além do desfile, a quarta noite do carnaval corumbaense ainda teve a banda Corumbá Show no palco da Praça Generoso Ponce que ficou mais uma lotada com a presença dos foliões.