Prevenir é melhor que remediar. Este antigo chavão foi lembrado pelo prefeito Paulo Duarte na manhã desta terça-feira, 09, durante a entrega de kits de saúde bucal às crianças da Escola Municipal Experimental de Educação Integral Tilma Fernandes Veiga, como parte do projeto Sorriso nas Escolas, desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação.
O programa foi iniciado em outubro, está em sua terceira etapa e, nesta manhã, o prefeito corumbaense participou do ato de entrega dos kits compostos por escova, c reme e fio dental. Duarte interagiu bastante com as crianças e enfatizou a importância do programa que está sendo desenvolvido na escola, devendo ser estendido a outros estabelecimentos de ensino em 2015.
“É um projeto de extrema importância que vai muito além do acompanhamento, encaminhamento das crianças para tratamento e entrega de kits. Com ele, estamos realizando um trabalho preventivo. A nossa saúde pode ser cada vez melhor, se trabalharmos a prevenção. É isto que estamos procurando fazer”, ressaltou, lembrando que a participação de todos dentro da escola, professores, pessoal administrativo, alunos e até da própria família, é importante para que “nossas crianças cresçam saudáveis”.
A secretária de Saúde Dinaci Ranzi participou da entrega dos kits e destacou que o projeto surgiu a partir de uma determinação do prefeito Paulo Duarte no sentido de que fossem desenvolvidas ações voltadas para a saúde bucal das crianças corumbaenses.
“Estamos seguindo à risca. Iniciamos pela Escola Tilma Fernandes e, hoje, já estamos com 178 crianças encaminhadas para tratamento odontológico em nossas unidades de saúde. Está sendo extremamente importante porque a família também integra esta ação e está fazendo a diferença em relação à saúde bucal dos nossos alunos”, comentou a secretária.
Quem também presenciou o ato foi a secretária de Educação Roseane Limoeiro. Para ele, o projeto está somando às ações intersetoriais desenvolvidas na Prefeitura de Corumbá. “É uma solicitação do nosso prefeito desde o início da sua administração e estamos procurando fazer um trabalho integrado, entre todas as pastas. O projeto está permitindo trabalhar a prevenção. Além de encaminhar para tratamentos, está possibilitando realizar um trabalho educativo voltado para a melhoria da qualidade de vida das nossas crianças, para que elas tenham um desenvolvimento com saúde”, comemorou.
Adesão total
Na Escola Tilma Fernandes a adesão ao projeto foi total conforme explicou a diretora Maria Aglauri Gomes Barbosa El Fala. “Está sendo de grande valia para os nossos alunos. Ficamos aqui o dia inteiro, em período integral, e muitas vezes a criança acaba não procurando o dentista. O projeto está tendo grande alcance, pois permite a presença da equipe da Saúde na escola, visualizando os problemas de saúde bucal e encaminhando as crianças para tratamento”, disse.
A escola conta com 328 alunos que chegam pela manhã e deixam o local somente à tarde. Fazem três refeições diárias e os kitis entregues serão utilizados justamente para higienização bucal após estas refeições.
Hoje, 178 crianças já estão encaminhadas para tratamento. A meta é ampliar, atingindo todos os estabelecimentos da área urbana e, depois, da zona rural. O projeto é coordenado pela cirurgiã-dentista Célia Caroline de Oliveira, que integra o setor de Saúde Bucal da Secretaria de Saúde, que tem a frente o cirurgião Claudio Alencar.
Célia explicou que a distribuição dos kits faz parte da terceira etapa e que, em 2015, a equipe vai acompanhar o desenrolar do tratamento dentário nas unidades de saúde. “O retorno está sendo positivo. As crianças aceitaram a ideia e hoje, até perguntam o que tem que fazer e como fazer. Agora, é levar para as outras escolas”, ressaltou.
Entre as 178 crianças encaminhadas para tratamento está Rosane Cabral de Arruda, 14 anos, que faz a 7ª série. Ela confessou que, apesar de sentir “dor de dente”, nunca havia ido ao dentista. “É a primeira vez que estou indo. Ainda sinto dor, mas está bem melhor agora”.
A professora Jackeline de Carvalho testemunhou um fato que ocorria em sala de aula antes do projeto ser iniciado. “Tinha uma aluna que, para conversar comigo, colocava a mão na boca. Foi encaminhada ao dentista e após o primeiro atendimento, já mudou. Veio conversar comigo sem colocar a mão na boca. O tratamento está sendo importante. Melhorou a sua autoestima”, disse.