Cinco caminhões basculantes lotados de lixo. Foi isto que a Prefeitura retirou de um terreno baldio localizado na Rua 13 de Junho, próximo à Edu Rocha, na divisa do centro da cidade com o Bairro Arthur Marinho. A ação foi na manhã dessa quinta-feira, 10, e foi determinada pelo prefeito Paulo Duarte que, mais uma vez, passando pelo local, observou grande quantidade de lixo e entulho descartados de maneira irregular e ilegal, na área.
“Não podemos concordar com situações como esta. Já notificamos, autuamos os responsáveis, fizemos uma limpeza anteriormente e, mais uma vez, nos deparamos com este imóvel sujo, cheio de lixo, entulho e outros tipos de resíduos que, além de propiciar um aspecto ruim, de sujeira, torna-se foco de doenças como a dengue e a leishmaniose”, afirmou o prefeito.
Ele acompanhou os serviços de perto na manhã de hoje, conversou com moradores e solicitou que todos sejam fiscais, denunciando as pessoas que jogam lixo em terrenos baldios ou mesmo em locais que não são apropriados.
“Enquanto trabalhadores, máquinas e caminhões faziam a limpeza do terreno, uma equipe da Fundação de Meio Ambiente fez um trabalho na região, de conscientização dos moradores, para que sejam parceiros, denunciem estes casos e evitem jogar lixo em terrenos baldios”, afirmou o prefeito. “Tomamos conhecimento de que pessoas, de outras regiões, é que estão despejando lixo no local, de carroça e até camionetes. A nossa orientação é para que fotografem, filmem estas pessoas, denunciem por telefone, para que possamos tomar as devidas providências”, reforçou.
Estrutura
O Chefe do Executivo corumbaense lembrou que, para este serviço, foi preciso deslocar máquinas, “que estavam cumprindo outras missões na cidade, para, mais uma vez, executar um serviço que não é de responsabilidade da Prefeitura: limpar terrenos baldios repletos de lixo, entulho e mato. Isto é de responsabilidade do proprietário do imóvel. Ele é que tem que manter seu terreno limpo e não apenas utilizá-lo para especulação imobiliária”.
Duarte observou que a medida foi adotada devido ao estado lastimável do terreno. “Estamos preocupados com a saúde da população, como também com a limpeza da cidade. Por isso fizemos a limpeza completa dessa área. E esta não foi a primeira vez que isto ocorre”, ressaltou.
De fato, a Prefeitura já realizou uma limpeza dessa área, notificou e autuou os responsáveis. Só que, dessa vez, o serviço foi acompanhado de uma intensa campanha educativo, de conscientização dos moradores de toda a região, para que não joguem lixo no local ou mesmo em outro terreno baldio.
Antes do final da manhã o serviço foi concluído. A equipe da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos retirou do local, cinco caminhões basculantes de lixo e entulho. Depois de limpo, foram instaladas placas indicando que é proibido jogar lixo.
A diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente, Luciene Deová, informou que a Prefeitura está desenvolvendo uma intensa campanha sobre o descarte adequado do lixo. No folheto que está sendo distribuído, consta inclusive o telefone 3907 5342, para que a população denuncie as pessoas que estão jogando lixo em locais proibidos.
O prefeito reforçou ainda que esta campanha acontece em toda a cidade, não só na região da 13 de Junho, próximo à Edu Rocha. Aliás, ainda em relação a este imóvel, Duarte informou que não está descartada a sua desapropriação, para urbanização da área, com implantação de um mirante. “Daqui, temos uma bela vista para o Pantanal. Estamos pensando nessa possibilidade”, anunciou.
Para os moradores, uma praça com mirante, seria a utilização mais correta do imóvel, que fica na encosta, na divisa dos bairros Arthur Marinho e Cervejaria. “Gostei da ideia. Uma praça com mirante ali, vai acabar com esta sujeira”, disse. “E quem joga vem de longe. Não são os moradores daqui. Tem que denunciar mesmo quando alguém observar pessoas despejando lixo neste terreno”, completou.
Nancy Medeiros também gostou da possibilidade do local ser transformado em praça com mirante. Ela foi taxativa ao afirmar que o lixo “vem de longe”, e que é preciso “denunciar as pessoas que usam o local como depósito de lixo”.