Corumbaenses festejaram o samba com os mais expressivos artistas do país

Não é novidade para ninguém que o samba contagia Corumbá e a prova disso foi o grande público que o ritmo arrastou para a praça Generoso Ponce nesta última terça-feira, 03 de junho, com o show da versão itinerante da 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira, evento patrocinado pela empresa Vale e que, no município pantaneiro, contou também com o apoio da Prefeitura Municipal de Corumbá e do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

 

E quem pensou que a apresentação em pleno início da semana desfalcaria a platéia se enganou redondamente. Até mesmo quem imaginou que o clima ameno iria espantar o corumbaense teve que se render à afirmação de que Corumbá é um dos terrenos mais férteis do samba no país.

 

Com uma descrição poético-histórica da evolução do ritmo, a cantora Zélia Duncan abriu a apresentação que durou cerca de duas horas com a presença de nomes consagrados no meio de bambas: Arlindo Cruz, Dudu Nobre, Altay Veloso, Mariene de Castro e Beth Carvalho.

 

Canções clássicas iam se propagando nas vozes dos intérpretes ao tempo enquanto imagens de tons extremamente coloridos das telas de Heitor dos Prazeres se projetavam num grande telão de LED, criando uma atmosfera propícia para uma grande festa.

 

A celebração para o mais autêntico ritmo brasileiro encontrou em Corumbá um público perfeito que cantarolava os versos ao passo que deixava fluir os movimentos corporais trazidos pelo batuque de instrumentos que são sinônimos de samba, como pandeiro e o cavaquinho.

 

Momentos marcantes foram os encontros em duetos e trios dos cantores do elenco que percorreram, além de Corumbá, seis cidades do país. A cidade no coração do Pantanal foi escolhida para encerrar a turnê.

 

“Estou muito feliz de estar aqui em Corumbá finalizando esse trabalho maravilhoso, fazendo um show na praça para o público, levando o samba para o povo”, comentou Mariene de Castro.

 

Dudu Nobre e Arlindo Cruz aproveitaram o “partido alto”, estilo do ritmo homenageado no qual as rimas de improviso são o mote para citar Corumbá e o jeito alegre do seu povo.

 

Considerada a madrinha de muitos sambistas, a veterana Beth Carvalho empunhou o cavaquinho e conduziu um imenso coro com canções emblemáticas, tais como “Folhas Secas”, “Coisinha do Pai”, “Vou Festejar”. Além disso, ela fez questão de expor a satisfação em estar em Corumbá, cidade que atribuiu aos seus moradores um jeito particular de receber as pessoas.

 

“Obrigada pelo carinho com o qual nos receberam. Sei que isso é próprio dos corumbaenses. Sei disso porque minha madrinha e meu padrinho são de Corumbá e posso dizer isso com experiência. Essa praça é linda, continua linda”, disse a artista.

 

O show encerrou com todos os cantores no palco numa grande celebração de bambas que fez com que o público pedisse “bis”.

Skip to content