Verdura produzida em horta urbana hidropônica é destaque na Feira do Produtor

Nas duas últimas edições da feiras do produtor na Praça da Independência, a população corumbaense teve a oportunidade de comprar verdura produzida por meio da técnica da hidroponia, sem uso de agrotóxico. São alimentos que estão sendo cultivados na própria área urbana, em um pequeno espaço aos fundos de uma casa no Bairro da Nova Corumbá que, em breve, vai disponibilizar também o agrião.

 

A iniciativa é do engenheiro agrônomo e servidor público municipal Sérgio Fumio Horita, da Secretaria de Produção Rural, que curte uma verdadeira paixão pelo meio rural, principalmente na produção de hortaliças e também na apicultura.

 

E foi movido por esta paixão que ele resolveu desenvolver o projeto nos fundos de sua casa a partir do momento em que sua esposa, a ex-funcionária pública municipal Nadja Aparecida de Lima, aposentou-se após um problema de saúde.

 

Em um pequeno espaço de 06 X 21 metros, ele implantou dois canteiros suspensos, um de 2 X 15 metros e outro de 2 X 10 metros, para cultivar alface. O tubo de PVC, normalmente utilizado por este tipo de cultivo, ele trocou por telhas eternit. “Foi uma adaptação pelo fato de ficar mais em conta e com resultado satisfatório”, explicou. PVC apenas o tubo para conduzir a água para regar a plantação.

 

Para cobrir as bancar ele utilizou plástico próprio para a hidroponia e uma tela de sombreamento, tudo em cima de uma estrutura que ele considera rústica, mas eficaz. “Reutilizei caibros que já tinha em casa e até bambu. O gasto estimado foi de R$ 4 mil que deve ser pago com seis meses de trabalho”, explicou.

 

Nas duas bancas, ela conta com 24 fileiras produzindo. É para lá que vão as mudas após período de germinação no berçário. E para quem pensa que o gasto com água é alto, ele dá a dica para economizar: “implantei um sistema por gravidade e toda água utilizada nas bancas, cai em um reservatório e retorna à caixa instalada no alto, para regar a horta de novo. Não tenho muito gasto. A água é reaproveitada”.

 

Horita lembra que é preciso cuidados especiais para manter a horta livre de pragas. “Três vezes por dia, logo cedo, no almoço e no final do dia, inspeciono as folhas para saber se não há pragas”, disse, lembrando que, durante o dia, sua esposa e filho tomam conta da horta hidropônica.

 

“É trabalhoso, mas vale a pena”, comenta, lembrando que os cuidados começam a partir do momento do plantio, no berçário. “Em uma semana a semente está germinando. Somente após isto vai para o berçário onde fica por duas semanas, até ser transportada para as bancas. A colheita acontece 50 dias após semear”, informa.

 

Hoje a horta está na terceira produção. “No início foi só alface. Agora já temos a rúcula e em breve, o agrião”, informa, lembrando que iniciou a produção com 850 mudas, mas que quer atingir 1,4 mil. Nadja o acompanha direto. Para ela, está sendo de extrema importância, uma terapia. Nem se lembra que, pouco tempo atrás, teve um grave problema de saúde que acelerou sua aposentadoria.

 

E é Nadja que toma conta da barraca na Feira do Produtor. Alegre, atende a todos com carinho, sempre falando da nova produção, mas não se esquecendo do mel, da pimenta e de outros produtos cultivados no quintal de sua própria casa. 

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