A Prefeitura de Corumbá está trabalhando para eliminar os focos de proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. A ação está sendo desenvolvida pelos agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em toda a área urbana da cidade. Estão sendo visitados imóveis habitados que apresentaram focos da doença mais de uma vez.
A ação integra o projeto Outono sem Dengue elaborado pelo CCZ, órgão ligado à Secretaria de Saúde. “Estamos com nove equipes distribuídas em todas micro áreas e, durante três dias, os agentes farão visitas aos imóveis já levantamentos, que apresentaram focos do mosquito mais de uma vez, para eliminar, além orientar os moradores sobre a necessidade de manter estes locais limpos”, explicou a chefe do CCZ, Walkíria Arruda.
Levantamentos realizados pelo Centro de Controle de Zoonoses, especificamente o LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), apontam que um dos principais depósitos de proliferação do mosquito transmissor da doença, tem sido os depósitos de água localizados em nível de solo. E eles estão sendo os alvos dos agentes.
As equipes estão visitando as moradias já cadastradas para verificar se continuam com focos da dengue. “Estamos conversando com os moradores, explicando o trabalho que está sendo desenvolvido e verificando estes depósitos. Se detectarmos larvas do mosquito, eliminamos, tratamos e o próprio morador, na hora, faz a limpeza do depósito”, explicou Marcilene de Arruda, supervisora da equipe responsável pela micro área do Loteamento Pantanal, Guató, Guanã, e Nova Corumbá.
E, já nas primeiras visitas da manhã, o resultado mostrou que os moradores não estão fazendo o dever de casa. Em dois imóveis visitados, os agentes detectaram larvas do mosquito. Orientaram as moradoras e tomaram as providências necessárias visando a eliminação.
Foi assim nas residências de Constantina de Andrade Gomes, 72 anos, e de Maria Basília, 60, residentes no Loteamento Pantanal. Nos dois imóveis, os focos estavam no interior de depósitos de água em nível de solo. “Eu não uso esta caixa d’água e já pedi para o dono levar”, disse Constantina, enquanto os agentes procediam a limpeza, eliminando os focos, e virando-a de cabeça para baixo, para não acumular água de chuva.
Já na residência de Maria Basília, os focos foram detectados em um reservatório utilizado por ele e que estava tampado com tábua. Isto, no entanto, não evitou que o Aedes depositasse seus ovos. Os agentes orientaram a moradora, retiraram toda a água passando para um reservatório do próprio CCZ, para não jogar a água fora, simplesmente. O trabalho é feito com auxílio de uma tela, que ajuda também a eliminar as larvas. Após isto, a moradora fez a limpeza de seu reservatório que recebeu uma capa.
Walkíria explicou que a ação vai até a próxima quarta-feira, 30, com visita a todos os imóveis cadastrados. “Os alvos são os depósitos localizados em nível de solo. No entanto, se durante a visita outros tipos de depósitos apresentarem focos, é feito um trabalho de eliminação e tratamento”, explicou.
A ação acontece dentro dos imóveis habitados pelo fato de que, nos últimos levantamentos, a maior incidência da doença estar dentro dos domicílios habitados. Segundo a responsável pelo CCZ, existem outros depósitos predominantes que estão merecendo atenção. “No centro da cidade, por exemplo, os maiores problemas são os ralos existentes no interior das residências, além do lixo. Estamos atacando os principais problemas de cada região”, explicou.