Corumbá encerrou na sexta-feira, 11, a Semana Nacional da Humanização que discutiu e avaliou resultados da política de humanização implantada no município, através da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde de Corumbá.
Oficinas e palestras abordaram programas já implantados como o Povo das Águas, o Projeto Cuidar, o Projeto Servidor Sorrindo e Mais Médicos. Este último, do qual o município está contando com o reforço de vinte profissionais, além de novos dois que estão por chegar nos próximos dias.
O médico Leonardo Fabrício Gomes Soares, atua na Unidade Básica de Saúde do bairro Aeroporto, e foi um dos primeiros profissionais a chegar ao município através do programa federal que pretende ampliar o acesso à Saúde com a contratação de médicos brasileiros ou estrangeiros, principalmente, para as cidades do interior.
Vindo do estado de Minas Gerais, Leonardo detalhou a importância da aplicação das premissas de humanização na saúde. “A humanização é fundamental para qualquer relação, buscar essa posição de se colocar no lugar do outro. Na relação médico/paciente isso passa a ser mais importante porque compreendemos as dores dos pacientes e isso é fundamental, pois podemos mensurar a urgência de encaminhar um recurso mais aprimorado”, comentou ao avaliar que o conceito é mais eficaz quando atinge toda rede de profissionais da área.
“A humanização não pode ser uma possibilidade, ela tem que ser uma necessidade a ser trabalhada diariamente, não apenas pelo profissional da Medicina, mas também por toda equipe. Temos que ter uma equipe de Saúde humanizada:desde a atendente do projeto Cuidar até a profissional dos serviços gerais”, pontuou ao comentar sobre a experiência vivenciada em Corumbá onde, conforme ele, há grande atenção voltada às práticas de humanização.
A médica cubana Sílvia Carolina Ruiz Mendizabal, atende no posto de saúde do bairro Nossa Senhora de Fátima e comenta que o atendimento humanizado é essencial para o tratamento ter sucesso.
“Eu sempre percebi que os pacientes chegam ao consultório com outro conceito, muitas pessoas demonstram um temor do médico, uma ideia que muda com a atenção dispensada. Penso que nós, latinos, temos esse costume de receber o paciente com um amigo. Na realidade, faço meu trabalho assim. Minha experiência trabalhando na Europa foi de igual maneira”, disse a médica que já clinicou em outros países antes do Brasil.
Também de Cuba é a médica Liz Candida Carbajal Pedraza, que trabalha na unidade básica de saúde Pedro Paulo de Medeiros, na área central da cidade. Depois de passar pela Venezuela e pela Bolívia, Liz afirma que, no Brasil, compreender a pluralidade do país, é essencial para um bom desempenho na função.
“A humanização na Ciência da Saúde é fundamental no acolhimento do paciente, é fundamental tratar essa diversidade do povo brasileiro, proporcionar a mesma qualidade, a mesma atenção, sem diferença do paciente, cada dia, melhorando mais o tratamento do paciente”, afirmou a estrangeira.