Representantes do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e do Amapá estão em Corumbá participando do III Encontro Anual de Núcleos Estaduais de Fronteira e da VI Reunião Ordinária da Comissão Permanente para o Desenvolvimento e a Integração da Faixa de Fronteira (CDIF).
O evento, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, foi aberto oficialmente nessa quarta-feira, 11, na Unidade III do Campus do Pantanal da UFMS. Presente na cerimônia, o prefeito Paulo Duarte reafirmou seu compromisso com as questões fronteiriças que envolvem a região e designou a professora Ligia Baruki para integrar o CDIF
“Em 11 meses como prefeito percebi claramente que a temos que ter políticas públicas integradas. Os municípios da faixa de fronteira têm uma situação peculiar, que muitas vezes não é observada no contexto nacional e, ainda mais Corumbá, com quase 65 mil quilômetros quadrados de área. Isso é do tamanho de alguns países da Europa”, afirmou o chefe do Executivo municipal
Elencando algumas das ações desenvolvidas na cidade, principalmente nas áreas de educação, saúde e cultura, o prefeito de Corumbá destacou a necessidade de integrar essas iniciativas com os projetos planejados em âmbito Estadual e Nacional.
“Uma coisa que percebemos, por exemplo, é que além da integração política, econômica, social e cultural, precisamos também ser desprovidos de preconceito. Ainda existe muito preconceito com cidades de fronteira e aqui temos uma relação muito boa, muito positiva com nossos irmãos bolivianos”, observou.
“Temos que mostrar a nossa realidade, que é completamente diferente da situação das capitais e dos grandes centros. Temos situações específicas, peculiares, e tenho certeza absoluta que não adianta pensar no crescimento de Corumbá, de Ladário, sem pensar nas cidades vizinhas de Puerto Quijarro e Puerto Suarez. A fronteira não deve ser vista como um limitador, mas como uma oportunidade”, continuou.
Segundo o prefeito, a Administração municipal faz ainda um trabalho incipiente, que pode ser melhorado e ampliado com a participação efetiva da Comissão Permanente para o Desenvolvimento e a Integração da Faixa de Fronteira.
“Nesses 11 meses não fiquei esperando por ações do Ministério do Exterior. Fazemos, ainda muitas vezes de forma bastante empírica, sem o conhecimento cientifico, demonstrações para o povo boliviano de que estamos de braços abertos. Por isso queremos participar ativamente, inclusive com o apoio de vocês para corrigir aquilo que precisa. É muito bem vindo que tenhamos uma relação de forma mais integrada”, completou Paulo Duarte.