Manhã de domingo movimentada em Corumbá com a realização do Festival de Pesca Infantil. O evento é uma realização da Prefeitura Municipal e integra a programação do Corumbá das Crianças, projeto idealizado pelo Poder Executivo para celebrar o mês dedicado às crianças, outubro, cuja dada é comemorada no dia 12.
O festival marca ainda o encerramento da temporada de pesca na região pantaneira (a piracema, período de desova dos peixes, começa em novembro). E nada melhor que fechar o ano com chave de ouro, com a realização de um evento dedicado às crianças que, além de se divertirem, cumprem um papel considerado de extrema importância para a preservação ambiental.
“Estamos finalizando outubro, o mês das crianças. Este é mais um evento dedicado a elas. É uma oportunidade para que as crianças se divirtam e aprendam, desde cedo, como preservar o ambiente para, no futuro, possam vir aqui, navegar pelo rio com seus filhos, e continuar pescando. Temos que preservar aquilo que Deus nos deu, que é esse Pantanal”, afirmou o prefeito Paulo Duarte, que abriu o festival neste dia 27 de outubro.
Acompanhado da vice-prefeita e diretora-presidente da Fundação de Cultura de Corumbá, órgão que organiza o Festival, Paulo chegou cedo na prainha do Porto Geral, às margens do Rio Paraguai. Participou do hasteamento das bandeiras do Brasil, do Estado (Márcia) e do Município (Elvécio Zequetto – diretor-presidente da Fundação de Esportes de Corumbá); e também do juramento dos pequenos pescadores com idade entre sete e 14 anos.
Focou bastante a necessidade de massificar a pesca esportiva na região, na modalidade do pesque e solte, para preservação do estoque pesqueiro. E reforçou este pedido aos pequenos pescadores, acompanhando de perto a realização das baterias (três ao todo). O Chefe do Executivo corumbaense quer também intensificar realizações como o pesca infantil que retornou com 1,5 mil participantes.
E foi a volta do festival que fez o casal Giovane Esteves e Marilucia Araújo Esteves, moradores no Jardim dos Estados, a acordar bem cedo neste domingo, para levar os filhos para pescar. “Eles ficaram desapontados no ano passado, quando não houve a pesca. Agora, logo que foi anunciada a abertura das inscrições, já confirmamos a presença deles”, disse Giovane, caminhoneiro, que trocou o volante de seu caminhão para acompanhar Pedro (14 anos), João (12) e Evelin (11), que participaram da segunda bateria.
José Izaque, de seis meses, e Victor, com cinco anos, devido à idade, não puderam participar. “Se fosse aberto para eles, iriam estar participando também”, afirmou, lembrando que, apesar de não pescar, vem de uma família que sempre foi adepta a este tipo de esporte. “Meus pais, meus avós, todos vieram da pesca. Eu só gosto mesmo é de comer o peixe. Mas, a minha esposa, a Marilucia, esta sim, gosta de pescar”, revelou.
Izaque foi interrompido pela filha Evelin, que estava inquieta, já querendo descer para a margem direita do Paraguai: “Quero pescar um peixão bem grande”, disse, observando que se fizesse, soltaria em seguida. Apesar da idade, ela já entende que é preciso preservar para que, no futuro, outras crianças possam se divertir no Rio Paraguai e participar dos futuros festivais de pesca infantil.