Audiência pública fortalece interesse popular em licitação de transporte coletivo

Menos de três meses após a prefeitura solicitar o cancelamento da licitação do transporte coletivo urbano e rural de Corumbá por descumprimento de contrato e anunciar uma nova licitação para o setor no município, mais um importante passo para a melhoria do serviço público foi dado.

 

Na manhã desta quinta-feira, 4, a prefeitura promoveu no Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá Miguel Gómez, uma audiência pública para ouvir a população, suas reclamações e sugestões, e apurar a real situação desses serviços no município, com o objetivo central de levantar subsídios e resguardar o interesse público no novo edital de licitação.

 

No início do ano, a Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat) já havia realizado uma pesquisa de opinião com 227 usuários do transporte coletivo urbano e rural e apurado uma série de informações, divulgadas a todos os presentes no evento de hoje.

 

“Ouvindo a população, suas informações, críticas e ideias, teremos elementos adicionais para subsidiar um novo edital de licitação para o setor e todo o procedimento de concessão para a prestação de serviço de transporte coletivo urbano e rural da melhor qualidade possível na nossa cidade”, explicou a diretora-presidente da Agetrat, Silvana Ricco, que coordenou a audiência.

 

Estiveram presentes na audiência representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário, além da Polícia Militar, do Ministério Público e sociedade civil, por meio de associações de bairro e de assentamentos rurais, associações de classe, movimentos sindicais e acadêmicos, além da empresa concessionária de transporte coletivo.

 

Tão logo foram iniciados os trabalhos, a palavra foi aberta a todos os presentes que desejassem participar. Entre as principais demandas, a redução do custo das tarifas, renovação da frota, abertura de novas linhas, investimento na acessibilidade dos veículos, mais atenção com os idosos, ampliação da quantidade de terminais no município, melhores condições de trabalho aos motoristas e cobradores, entre outras.

 

As observações estavam alinhadas com as demandas apuradas pela pesquisa de opinião realizada pela Agetrat no início do ano, que também apontou os constantes atrasos de ônibus, falta de manutenção dos carros, desrespeito ao usuário, falta de veículos nos finais de semana e lotação excessiva.

 

A diretora-presidente da agência lembrou ainda que as exigências crescerão ainda mais com as 800 casas do bairro Guató, que atende aproximadamente 4800 pessoas na parte alta da cidade e que passaram a utilizar o sistema de transporte público. Além disso, até o final do ano devem ser entregues mais 538 unidades habitacionais, o que representa mais 3228 pessoas utilizando sistema, num total de mais de 8 mil usuários. Há, ainda, mais de 1 mil casas sendo construídas no Bairro Industrial.

 

De acordo com o estudo apresentado pela agência na audiência, cerca de 110 mil passageiros utilizam mensalmente sete linhas urbanas, com ônibus rodando das 5h30 às 23h30 diariamente. Desses, 69% pagam passagem no valor R$ 2,40.

 

Ações

 

A Agetrat pretende atuar com metas de curto, médio e longo prazos para resolver o problema no transporte coletivo urbano e rural. Entre as ações estão a abertura de processo licitatório, estudo de novas linhas, melhoria das vias, da sinalização horizontal e vertical, semafórica, indicação de pontos de ônibus, aumento do quadro de fiscais de transportes concursados e estruturação da Agetrat com pessoal capacitado, materiais e equipamentos.

 

Nova reunião

 

A partir da audiência pública desta quinta-feira, será formulada uma ata com todas as opiniões, críticas e sugestões dos presentes. Essas contribuições fornecerão subsídios para a elaboração da minuta do edital de concorrência do novo contrato de concessão, que será apresentada em uma nova audiência pública em data ainda indefinida.

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