Quem não conhece o seu passado não conhece os caminhos que levam ao futuro. Para garantir o futuro de Corumbá por meio da valorização de sua história, a administração pública está realizando uma importante parceria com a Fundação Barbosa Rodrigues, gestora do Museu de História do Pantanal (Muhpan).
Representantes do Muhpan estiveram reunidos na prefeitura com as presidentes das fundações de Cultura, de Turismo e de Patrimônio Histórico e Desenvolvimento Urbano para discutir a implantação do projeto Janelas Culturais, que pretende superar a velha visão de museu como um “depósito de objetos” e transformá-lo num local onde a população possa reconhecer as marcas de seu patrimônio, encontrar suas origens culturais e partilhar essa experiência com pessoas de outras regiões.
O público-alvo do Janelas Culturais é formado por professores e alunos da rede pública do ensino fundamental e médio municipal e estadual, que terão acesso ao acervo histórico do Muhpan, utilizando-o como ferramenta no processo de educação patrimonial, história, de geografia, etnologia, antropologia e educação ambiental. “Precisamos trabalhar em educadores e estudantes essa consciência da preservação de bens históricos e culturais do Pantanal”, disse Marta Barros dos Santos, coordenadora de projetos da Fundação Barbosa Rodrigues.
Para atingir esse objetivo, o Janelas Culturais pretende atuar em diversos sub-projetos: o Patrimônio Itinerante, que leva pequenas exposições às escolas da rede pública; o Casarão de Novidades, que ministrará oficinas gratuitas de artesanato e souvenires com elementos do Pantanal; o Pelas Águas eu Vou, que levará a arte, cultura e história pantaneira às comunidades ribeirinhas; e as oficinas Redescobrindo Corumbá, que faz um elo com a história das expedições científicas, ocorridas em várias partes do mundo afim de documentar, por meio de desenhos, pinturas, relatos, as características dos novos locais.
“Queremos estimular no corumbaense essa relação de pertencimento do museu, que nada mais é do que um instrumento para servir a cidade”, acrescentou a diretora-presidente da Fundação de Patrimônio Histórico e Desenvolvimento Urbano, Maria Clara Scardini.