O prefeito Paulo Duarte esteve reunido na manhã desta terça-feira, 5, com empresários da cidade na Associação Comercial de Corumbá em um encontro que deve se tornar frequente a partir de agora. A ideia, segundo o prefeito, é manter um canal de diálogo e discussão com os comerciantes a cada 30 a 40 dias.
O tema central desse primeiro encontro foi a chamada Zona Azul, sistema de estacionamento rotativo pago para a área central. Dados do IBGE e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) justificam a preocupação. Enquanto a população de Corumbá cresceu somente 4% entre 2005 e 2011 (de 100.268 para 104.317), a frota de veículos da cidade praticamente dobrou, saltando de 15.418 para 30.603 entre 2005 a 2012, um aumento de 98%.
O resultado dessa desproporção é a falta generalizada de vagas de estacionamento principalmente nas ruas do centro, área de grande fluxo comercial. O agravante, que é também a principal queixa dos empresários, é o hábito de muitos motoristas que trabalham nas imediações e estacionam seus veículos na frente desses comércios, muitas vezes durante o dia inteiro. “Quem mais perde com isso é o comerciante pois o cliente, diante da dificuldade de estacionar, muitas vezes desiste de ir a um estabelecimento comercial”, admitiu o prefeito.
O chefe do executivo argumentou que se for consenso dos comerciantes que a Zona Azul é mesmo a melhor alternativa para a resolução do problema de falta de vagas, isso será implantado nas áreas críticas. Porém, com toda a transparência e responsabilidade que tem marcado a administração pública. “Será prestado conta de cada centavo daquilo que for arrecadado com a Zona Azul, caso essa seja essa mesma a solução encontrada. E daremos uma destinação específica a essa verba e divulgaremos para toda a população saber”, disse. “Aliás, qualquer recurso adicional que a prefeitura tiver, terá uma destinação específica”.
A diretora da Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat) também esteve na reunião e afirmou que nos próximos dias agência fará um levantamento sobre o número de vagas disponíveis na região central da cidade. Paralelamente a isso, a Associação Comercial contratará uma empresa que elaborará um estudo de viabilidade econômica para medir o impacto da medida. “Após recolher essas informações, nos reuniremos novamente com os empresários para discutir as ações que devemos tomar”, disse Silvana Ricco.