Sábado de Carnaval reúne mais de 20 mil pessoas na Avenida

Assim como acontece nos últimos oito anos, o sábado de Carnaval foi de muita festa na avenida General Rondon, o coração da passarela pantaneira do samba. A folia começou com o desfile dos blocos oficiais filiados a Liblocc (Liga Independente dos Blocos Carnavalescos de Corumbá). Nem a ventania que atingiu a cidade por volta das 21 horas diminuiu a empolgação do público e dos mais de 11 mil foliões que representaram as 11 entidades que passaram pelo circuito oficial.

O desfile começou com o tradicionalíssimo Flor de Abatace, que mais uma vez apresentou o popular "Boa Tarde, Boa Tarde" e levantou o público na General Rondon. A apresentação ficou interrompida por volta de 1 hora por causa da falta luz provocada pelo meu atempo. Mas quando o sistema foi reestabelecido, a passarela estava ainda mais cheia e empolgada. Bola Preta; Nação Zumbi; Olodum; Praia Bola e Cerveja; Os Intocáveis; Vitória Régia; Oliveira Somos Nós; Arthur Marinho; Águia da Vila; Clube dos Sem; e descem na sequência.

A ventania, infelizmente, inviabilizou a transmissão da apresentação da Inocentes de Belford Roxo, que homenageou Corumbá na mais famosa avenida o samba, a Marques de Sapucaí. O sistema deve estar reestabelecido já neste domingo, quando desfilam as escolas de samba do grupo de acesso. Depois dos desfiles dos blocos, a animação ficou por conta da cantora Adryana Ribeiro. Ex-integrante do grupo Adriana e a Rapaziada, que a deixaram famosa nacionalmente, a cantora manteve a folia em alto astral.

Interpretando sucessos do samba nacional, Adryana segurou o público na General Rondon até às 5h30 da manhã. Em seus mais de 20 anos de carreira, iniciados em peças e musicais de colégio, passando por bandas de baile, Adryana Ribeiro gravou jingles e cantou na noite. Foi descoberta nos idos de 1991, na concorrida noite de São Paulo, pelo estilista Clodovil Hernandez, que encantado com sua voz e talento a levou em seu programa na extinta Rede Manchete.

Anos depois, em 1994, surge em sua carreira, uma nova oportunidade, onde é levada a participar de um teste para a gravadora Sony Music, sendo assim escolhida e contratada como " A nova revelação do samba , segundo jornalista e critico musical Sergio Cabral, no release de apresentação do primeiro álbum "ADRYANA RIBEIRO" 1995, com participações de Martinho da Vila, Demônios da Garoa e Rafael Rabelo, e material gráfico por ELifas Andreato. E contou ainda com grande sucesso neste mesmo álbum ao lançar o single " Sempre sou Eu" faixa gravada com Luis Carlos Líder da Banda Raça Negra, um dos maiores ícones populares daquele momento na cena brasileira.

Em 1997 lança o album "EM BUSCA DO SOL" Sony Music, faixa titulo presente de seu padrinho Martinho da Vila, produzida pelo respeitado produtor de samba Hyldo Hora, ambos os discos foram lançados pelo selo Butiquim do Martinho para Sony Music, que lhe renderam elogios da critica e dos colegas. Entre 1999 e 2004 a convite da gravadora ABRIL MUSIC, integrou-se ao projeto ADRYANA E A RAPAZIADA, grupo produzido por Arnaldo Sacomanni em 1999 e 2001, e Guto Graça Mello para BMG o último disco do projeto ADRYANA E A RAPAZIADA em 2003.
Adryana e a Rapaziada, projeto no qual misturou dança, performance, elementos de Samba, Rap, Hip Hop, A&B,Samba rock, musica romântica e pop. Foram 3 albuns lançados ao longo de 5 anos, mostrando sua versatilidade artística, tornando-se assim, uma das artistas mais requisitadas da mídia em geral com uma agenda lotada de shows. Em 2005 é convidada pela DeckDisc para retomar sua carreira solo,e lança o disco "Brilhante Raro" produzido por Leandro Sapucahy, revelando uma sambista mais romântica, estoura o single "SAUDADE VEM" em todas as rádios do Brasil.

Permeando nos dias de hoje na cena indie do disco, a cantora lança sua primeira produção independente, DIREITOS IGUAIS,produzido em parceria com o maestro e produtor Elias Jó. O disco traz uma linguagem sambista inspirado na descontraída Jovelina Pérola Negra, com cavacos e banjos mais atuantes e percussão forte.Com um discurso feminino sem ser feminista,nele Adryana canta uma mulher que posiciona decidida em ser feliz, não mais como a Amélia romântica, submissa de outrora,mas como a mulher cosmopolita,batalhadora, que sabe o que quer.

Skip to content