Cumprida a etapa considerada mais complicada, a travessia dos trilhos da ferrovia, a Prefeitura conclui até o final de dezembro, as obras de implantação da primeira galeria tronco em execução na cidade, que será responsável direto pela captação de toda água que desce da parte alta, das regiões do Cravo Vermelho, Cristo Redentor e Popular Velha. Hoje, os serviços estão todos concentrados na Rua Geraldino Martins de Barros, no Bairro Centro América, entre a rede ferroviária e o Centro Popular de Cultura, Esporte e Lazer Nação Guató.
A galeria foi a primeira iniciada pela Prefeitura em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). É considerada estratégica para solucionar graves problemas de inundações na região leste da cidade. Começou pela pela Rua Tenente Melquíades, esquina com a América, no centro da cidade. Passou pela Colombo e está hoje na Geraldino Martins de Barros.
Concluída, contará com 1,3 mil metros de extensão e será interligada à galeria do Bairro da Popular Velha, prolongamento da que corta o Cristo Redentor. Toda água captada vai direto para a galeria existente na Rua Tenente Melquíades de Jesus, centro da cidade, ao lado da Escola Tenir, que deságua no Rio Paraguai. A obra faz parte de um pacote de benefícios do PAC 1, com investimentos de R$ 79,3 milhões, sendo R$ 24,7 milhões oriundos de arrecadação da própria Prefeitura. É apontada como de extrema importância para acabar com a sobrecarga da galeria existente na Rua Antônio João e de outras regiões da cidade, como os bairros Centro América, Maria Leite e Previsul.
A galeria integra um grande projeto idealizado pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) com execução de três outras obras do mesmo porte na cidade para captar a água que desce da parte alta e evitar problemas de inundações na área urbana, como em 1992 e agora, no início de 2011. A obra havia sido paralisada às margens da rede ferroviária, na Rua Geraldino Martins de Barros e reiniciada após estabelecimento de uma parceria com a América Latina Logística (ALL), empresa responsável pela ferrovia.
Além desta galeria, duas outras estão em fase de execução no Bairro Aeroporto, um dos mais castigados pelas chuvas e também devido à grande quantidade de minadouros existentes na região. A primeira obra, iniciada em 2010, está sendo implantada na Rua Joaquim Wenceslau de Barros e será interligada à galeria do Aeroporto Internacional que deságua no Canal do Tamengo. Já a segunda, está sendo construída na Rua José Fragelli, será interligada à da Joaquim Wenceslau de Barros e vai atender também a Popular Nova, Jardim dos Estados e imediações.
A quarta em fase de implantação é na Rua Firmo de Matos, passando pela Duque de Caxias até a Joaquim Wenceslau de Barros, e que será interligada à galeria da Rua Luis Feitosa, atingindo a Alameda Havaí, no centro da cidade, até chegar ao Rio Paraguai. São galerias celulares implantadas em pontos estratégicos da cidade, para captar a água da parte alta, conduzindo-a até o Rio Paraguai, aproveitando as galerias já existentes na área central e também a do Aeroporto Internacional, que deságua na Baia do Tamengo.