Corumbá inicia vacinação de crianças da zona rural e ribeirinhas

Após superar meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, a Prefeitura de Corumbá inicia nesta segunda-feira (15), a imunização de crianças com idade entre zero e menos de cinco anos contra a paralisia infantil na zona rural e região ribeirinha. O trabalho faz parte da segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e as equipes vão aproveitar para efetuar a cobertura da população infantil contra sarampo. Números do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde dão conta que o Município já está com 98,37% das suas crianças vacinadas contra a paralisia, e 84,83% contra o sarampo.

A ação na zona rural e régio ribeirinha começa pelos assentamentos rurais de Corumbá e na Aldeia Uberaba, em pleno Pantanal Corumbaense, direcionada às crianças guatós. Nos assentamentos, a imunização está a cargo das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e será estendida ao Distrito de Albuquerque, Maria Coelho e outras localidades. Já na aldeia, a Secretaria de Saúde conta com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai).

A informação é do chefe do setor de imunização da Prefeitura, enfermeiro Wangley Bento de Campos, observando que a orientação e efetuar a cobertura vacinal de todas as crianças da zona rural e região ribeirinha, inclusive as localidades de difícil acesso. Estas comunidades serão atendidas pelas equipes do programa Povo das Águas, que já está com ação marcada a partir de segunda-feira (22), em atendimento aos moradores do baixo Pantanal (de Corumbá a Forte Coimbra) e também com apoio da Marinha do Brasil.

"Vamos disponibilizar tanto a vacina Sabin como a tríplice viram em todas as localidades da zona rural e regiões de difícil acesso. O objetivo é vacinar todas as crianças residentes fora da área urbana", disse Wangley. Conforme ele, na cidade, tanto a vacinação contra a paralisia como contra o sarampo, tem sequência nas unidades de saúde. "Quem ainda não levou seus filhos para vacinar, é só procurar uma unidade para se prevenir contra a paralisia e o sarampo", disse. Explica também que os centros de saúde que não contam com sala de vacina, não deixarão de atender as crianças da área de cobertura. "Neste caso, as equipes deverão agendar e buscar as doses no Centro de Saúde da Ladeira, para imunizar as crianças", reforçou.

Meta ultrapassada

Corumbá foi a primeira cidade do Estado a atingir meta do Ministério da Saúde na segunda etapa da campanha contra a poliomielite. Das 9.253, a Secretaria de Saúde já vacinou 9.102, 98,37% do total. A meta do Ministério é de 95%. Somente no sábado, durante o Dia D, 8.201 crianças foram imunizadas. Wangley diz que isto é resultado de trabalho desenvolvido pela Prefeitura. Conforme o enfermeiro, além da ação desenvolvida durante o dia, que contou com a participação de cerca de 250 pessoas, a atuação das equipes da Estratégia de Saúde da Família também contribui bastante para o êxito desse trabalho, na busca e acompanhamento das crianças de cada área de atuação.

Pelos números do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações do Ministério, a cidade corumbaense foi a única entre as grandes, a atingir meta. Campo Grande vacinou 36,69%; Dourados, 50,83%, e Três Lagoas atingiu 66,77%. O município que ficou mais próximo da capital pantaneira foi Jaraguari, com 97,63%. Já em todo o Estado, a cobertura atingiu 51,22%. Das 195.136 crianças, somente 99.956 foram vacinadas. O Brasil ficou com 57,41%.

Com relação à campanha contra o sarampo, Corumbá também foi a primeira cidade do Estado, com um total de 9.262 crianças imunizadas. A meta é de 10.918. Em todo o Mato Grosso do Sul, o índice chegou a 45,79%, com 107.190 crianças vacinadas de um total de 234.108. No Brasil a cobertura foi de 75,29%. "Estamos dando sequência ao trabalho de vacinação e acreditamos que chegaremos a 100% nos próximos dias", disse Wangley, lembrando que a cobertura atende uma população na faixa etária de um ano a seis anos, 11 meses e 29 dias, e que a imunização na zona rural e região ribeirinha, será junto com a poliomielite. Quem reside na área urbana, conforme ele, deve se dirigir à unidade de saúde mais próxima de sua moradia.

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