Os números da dengue continuam em queda em Corumbá. Levantamento de Índice Rápido de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), terceiro ciclo, realizado nos dias 02 e 03 de maio, apontou uma incidência de 1,29%, abaixo dos dois primeiros do ano que registraram 1,9% em janeiro e 2,5% em março. O trabalho foi realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ligado à Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal. Apesar da redução, as ações continuam intensas em toda a área urbana do Município. Além da limpeza, para eliminação de focos, as atenções dos agentes de endemias estão voltadas para os reservatórios de água localizados a nível de solo, responsáveis por 68,4% dos depósitos predominantes.
O novo levantamento foi divulgado na manhã desta quinta-feira (05) pelo coordenador municipal de controle de vetores do CCZ, biólogo Luiz Donizethe Minzão que ressalta, no entanto, a necessidade da população se manter em alerta, eliminando os focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, dentro dos domicílios. Ele alerta que o último LIRAa, mais uma vez, detectou incidência maior de infestação dentro dos próprios domicílios, como nos reservatórios de água localizados a nível de solo (68,4%), bem como em depósitos móveis (vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, etc…), com 21,1%, seguido de depósitos fixos (calha, lage, ralos, sanitários em desuso, etc…), com 5,3%, todos no interior de imóveis. Externamente, lixo e outros resíduos sólidos, também ficaram com 5,3%.
O LIRAa foi realizado em toda região urbana de Corumbá, dividido por setores. No 1, integrado pelo Arthur Marinho, Cervejaria, Dom Bosco, Generoso e centro 1 (da Rua Edu Rocha até a Antonio Maria Coelho), o levantamento apontou 1,03%; no 2, Beira Rio, Centro 2 (da Antônio Maria Coelho até a Rua Albuquerque), Maria Leite, Universitário, Industrial e Previsul, 1,12%; no 3, Centro América, Cristo Redentor, Nossa Senhora de Fátima, Popular Velha e Guatós, 1,60%, e no 4, Aeroporto, Guarany, Jardim dos Estados, Nova Corumbá e Popular Nova, 1,34%.
Os bairros com maiores incidências são: Guarany, 4,35%; Jardim dos Estados, 3,37%; Centro América, 3,33%; Popular Velha, 3,09%; Maria Leite, 2,25%; Dom Bosco, 2,04%; Popular Nova, 1,79%; Universitário, 1,30%; Guatós, 1,28%; Centro 1, 1,16%; Cristo Redentor, 0,77%, e Centro 2, 0,65%. Os bairros Arthur Marinho, Cervejaria, Generoso, Beira Rio, Industrial, Previsul, Nossa Senhora de Fátima, Aeroporto e Nova Corumbá, apresentaram índice zero.
O coordenador explica que as ações continuam em toda a área urbana de Corumbá e que, por meio deste último LIRAa, é possível reforçar os trabalhos nas regiões de maiores incidências. A meta é reduzir ainda mais os índices para evitar surgimentos de focos e casos da doença. Para Minzão, não são somente os agentes e parceiros que devem continuar atuando. A população também deve fazer sua parte, eliminando os focos no interior das residências e evitando jogar lixo e outros detritos em terrenos baldios.
Atualmente, a Prefeitura e parceiros estão executando serviços de roçada de matagal, retirada de entulho, eliminação de focos, bloqueio mecânico e, principalmente, de orientação à comunidade, fatores importantes que estão contribuindo para redução das notificações da doença. Este ano, em 17 semanas, a cidade registrou 225 notificações, bem abaixo de 2010, quando em abril, já haviam ocorridos cerca de 1.200 casos.