"Descendo a ladeira, levanta poeira", a Major Gama, disposta a recuperar o seu prestígio, fez uma bela apresentação na Passarela do Samba. Aposta tudo no enredo ‘Festa Junina', de Marcos César e Sandro Nemir, para retornar ao grupo especial do Carnaval de Corumbá. A escola fez uma bela apresentação, encantou o público e mostrou que é uma das fortes concorrentes ao título.
Fundada em 05 de março de 1.989 por Edson Pereira, campeã em 2007, a agremiação foi rebaixada em 2010 e, agora, busca uma vaga na elite corumbaense. A Major Gama foi a segunda desfilar na Passarela do Samba. A verde, amarelo, azul e branco, presidida por Almeida Lara, se apresentou com 600 foliões, divididos em 10 alas e quatro carros alegóricos, incluindo o abre alas, todos coreografados e posicionados em pontos estratégicos durante o desfile.
O carnavalesco da agremiação, Clemilson Medina, procurou mostrar na passarela, a importância de uma das mais tradicionais festas de Corumbá, o Banho de São João. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Juruna e Letícia, por exemplo, se apresentaram vestindo a fantasia ‘noivos caipiras'. Antes, a comissão de frente, com 10 componentes, mostrou uma coreografia lembrando a dança de quadrilha, tradicional em festas capiras.
Outro destaque foi o carro abre alas com uma pomba, símbolo da escola, prateada. O segundo carro alegórico representou o arraial, simbolizando as festas que se originaram nos sítios, chácaras e fazendas. Próximo da bateria, dez passistas levantaram o público com suas evoluções e muito charme. O som foi comandado por uma bateria com 80 ritimistas, homenageando Lampião, todos fantasiados de cangaceiros, comandados pela bela Ana Paula, a rainha da bateria que, em sua fantasia, exaltou a cultura corumbaense.
Teve a ala portuguesa, reverenciado os primeiros a chegar ao Brasil; a ala do recadinho, tradicional em festa junina; a ala pantaneira; a china, de onde vieram os fogos de artifícios, comuns nas festas juninas; alas da quadrilha, da fogueira, de São Pedro, das águas, do balão. O sacro foi lembrado no quarto carro alegórico. O encerramento do desfile foi com a ala da comunidade, que moram na região, que trabalham na escola e pelo carnaval.