O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na modalidade Compra Direta Local com Doação Simultânea, está sendo responsável pela complementação de 15,3 mil refeições diárias em Corumbá. São gêneros alimentícios variados, adquiridos pela Prefeitura Municipal diretamente do pequeno produtor rural e distribuídos a 19 entidades assistenciais da cidade, de acordo com o Conselho Municipal de Assistência Social, bem como às escolas e creches da Rede Municipal de Ensino (Reme).
O Compra Direta foi retomado nesta terça-feira (8) e, para este ano, o Município está disponibilizando cerca de R$ 1 milhão para aquisição de parte da produção rural, proveniente dos assentamentos existentes na região. A iniciativa é desenvolvida em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, integrando uma das ações do Fome Zero.
Em 2010, o programa atendeu 11 entidades assistenciais da cidade. Agora, em 2011, houve um aumento substancial, conforme o gerente de Desenvolvimento Agrário da Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário da Prefeitura, Juraci Aparecido Alves. "São entidades credenciadas pelo Conselho Municipal de Assistência Social e, dessa forma, a Prefeitura está propiciando um reforço para uma alimentação mais saudável para crianças, adolescentes, idosos e pessoas necessitadas, assistidas por estas instituições, bem como alunos das creches e escolas da Rede Municipal", informou.
As 19 entidades assistenciais que estão sendo atendidas pelo Compra Direta, além das escolas e creches, são o Hospital de Caridade, Cripam, Cidade Dom Bosco, Asilo São José, Aclaud, Afragel, Mãos Amigas, Santa Tereza, Geniquinho, Peniel, Casa de Acolhimento Laura Pinheiro Martins, Abrigo Adiles de Figueiredo Ribeiro, Albergue da Fraternidade José Lins, Centro de Convivência dos Idosos, Centro de Apoio Infanto-Juvenil (CAIJ), e os quatro Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
Produtor satisfeito
Cláudio Ferreira Brado, 48 anos, do assentamento Taquaral, foi um dos primeiros a entregar seus produtos na Central de Compras. A carroceria de seu veículo estava lotada de melancia, abóbora e cebola. "Ainda bem que o programa voltou, pois Ia perder tudo. Não tinha pra quem vender minha produção de melancia", comemorou, enquanto descarregava a caminhonete. Para ele, o Compra Direta era "o programa que faltava". Antes, o pequeno produtor abastecia somente as feiras-livres, mas acabava perdendo parte do que produzia. Agora, está satisfeito com a alternativa. "Além de atender a gente, nossa produção está auxiliando na alimentação de quem precisa", complementa.
Para este segundo ano do programa, a Prefeitura pretende ampliar ainda mais o número de produtores beneficiados. Em 2010, 79 entregaram parte da produção na central de compras. "Temos 300 cadastrados e queremos atender boa parte deles", diz Juraci, que nesta manhã reforçou a necessidade dos próprios assentados repassar aos companheiros informações sobre o Compra Direta, para aumentar a adesão. "Cada um pode vender parte da sua produção até um valor de R$ 4,5 mil. Este ano, temos cerca de R$ 1 milhão disponível para o programa, o que nós dá condições de atender um número bem maior de produtores", ressalta.