A reforma administrativa colocada em prática no início deste ano pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) em Corumbá visa adequar o governo municipal a um novo perfil de gestão, focado na política de metas, produtividade e meritocracia. Conforme ele, mais do que a adequação financeira da máquina pública frente às atuais dificuldades orçamentárias do Município, trata-se da busca de uma mudança de comportamento e atitude por parte dos servidores. "Vamos continuar conversando com os membros da nova equipe e analisando se eles se encaixam no novo perfil que queremos, ou seja, o de trabalhar com vontade e empenho pelo cidadão", disse.
Antes de partir para o recesso de ano novo no último dia 11, Ruiter assinou algumas nomeações de secretários municipais e cargos estratégicos, e diversas designações de servidores efetivos que responderão interinamente por fundações, autarquias e outras funções de comando. "Para esses servidores designados, não haverá pagamento pelo cargo, mas estarei nomeando-os definitivamente a partir de fevereiro. Peço esse esforço e colaboração para que nos ajudem a passar o mês de janeiro mais tranquilo em relação à folha, e também no sentido de repactuarmos a Administração municipal em prol da eficiência", explicou.
No mesmo sentido, o prefeito adiantou que está estudando mecanismos que permitam a avaliação e mensuração da produtividade e dos resultados esperados de cada área, passando diretamente pelo desempenho dos servidores lotados em cargos de comando. "Conclamamos todos os nossos colaboradores a nos ajudar a avaliar se os resultados terão sido satisfatórios, dentro daquilo que entendemos que deverá ser feito", observou, enfatizando que a motivação é a obrigação do Poder Público de respeitar o cidadão e o compromisso com a sociedade à qual serve, e que quem não se enquadrar no novo perfil será prontamente cobrado.
Ao comentar a visível semelhança entre esse ‘novo perfil' e a forma de governar da recém empossada presidente Dilma Rousseff – também focada na política de metas e produtividade -, Ruiter revelou que sempre nutriu a vontade de implementar um governo com a meritocracia norteando as ações da gestão. "E para quebrar o paradigma de que os governos relaxam no fim do segundo mandato, eu me coloquei este desafio: o de conversar com as pessoas e chamá-las para um compromisso, valendo-me dos seis anos de administração. E tenho absoluta certeza de que elas somarão todos os esforços neste objetivo", salientou.