As cinco famílias que vão receber das mãos do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), nesta quarta-feira (22), as chaves de suas novas residências PAC-Casa Nova realizaram, na manhã desta terça-feira a vistoria técnica nos imóveis. Na visita, os beneficiários constataram as perfeitas condições do local e atestaram que as casas estão prontas para serem ocupadas. Este processo será realizado com todas as outras 267 unidades e deve ser totalmente concluído até o dia 29 deste mês. Todos os futuros moradores já têm a data da vistoria agendada pela equipe técnica social do Programa de Aceleração do Crescimento na cidade.
"Quadra Q, casa 43. Este é meu novo endereço", disse, orgulhosa, Josiane Terezinha Rodrigues, 29 anos, moradora do Lar Para Todos. "O barraco onde moro hoje é feito de madeira e lona. O teto tem telha, mas também é coberto por plástico. Chove mais para o lado de dentro do que para fora", descreveu. Ela se mudou para lá há seis anos, quando se casou com Júlio Avelino. "Ele trocou a carroça que tinha pela casa. Era uma peça só. Aí quando tivemos filhos, aumentamos mais dois quartos", acrescentou.
Os dois filhos do casal, João Vinícius, de 5 anos, e Alana Vitória, 4, também participaram da vistoria da casa nova. "Penso mais neles. Agora terão mais segurança", afirmou Júlio, trabalhador rural que, às vezes, passa vários meses sem ver a família. "Na situação atual, a gente sempre fica preocupado, pensando que qualquer chuva pode levar nossa casa. Agora será diferente, uma tranquilidade total", comemora o chefe da família.
Morando desde os sete anos de idade no prédio da antiga Alfândega, no Porto Geral, a dona de casa Raquel Romão Chaves, 28 anos, também aguarda ansiosa o momento da mudança. O novo lar é um sonho antigo da família. "Sempre pensamos em sair de lá, porém não tínhamos dinheiro. A nossa casa estava bem feia, não dava mais para viver ali. Meu marido sempre falava que a gente não iria viver para sempre naquele lugar. Dizia que acharíamos um lugar melhor para viver. Hoje recebo esta nova casa com muita alegria", contou.
Raquel, que fez cursos de informática e recepcionista de farmácia nas capacitações oferecidas pelo projeto social do PAC, agora pensa em encontrar um emprego para ajudar no orçamento e proporcionar melhor qualidade de vida aos dois filhos, Rayane, de 7 anos, e Vinícius, de apenas dois meses.
Ter filhos é justamente o maior desejo de Fabíola Santos de Souza. A manicure de 22 anos pensa em aumentar a família após a mudança para uma das moradias do PAC-Casa Nova. "Nossa casa atual tem apenas uma peça, onde ficam a cozinha e o quarto, nem banheiro tem. O lugar era bem feio e não dava para criar filhos naquela região. Estou ansiosa para o dia em que finalmente vou pegar as chaves da minha casa", contou. Até então moradora do antigo lixão, ela já planeja os móveis que vão ficar em cada cômodo. "Quero comprar tudo novo. Casa nova, móveis novos e vida nova", concluiu.
Enquanto isso, Jaciele Araújo Melgar, 28 anos, contou que parte do novo enxoval já esta comprado. "Estou só esperando vir para cá para montar o guarda-roupa", disse. Residente na alameda Santa Luzia, no bairro Cravo III, ela, a filha Janiele, de 8 anos, e a mãe Elenir, 44, vivem em um cômodo construído com madeira, zinco e lona. "Já passei muito sufoco ali", recorda a dona de casa.
"Minha mãe sofreu três AVCs (Acidente Vascular Cerebral). Hoje ela fala e caminha muito pouco, só com ajuda dos outros, não se lembra de quase ninguém. Lá não dava para tirá-la de dentro de casa. Aqui, graças e Deus, fiquei bem de frente para a praça. Um lugar que ela poderá ficar boa de novo", relatou Jaciele. A unidade que ela está recebando possuiu banheiro adaptado, com barras de sustentação e portas mais amplas.
Mãe de quatro filhos e avó de uma criança, Mônica Ritari, 30 anos, começou a chorar assim que entrou no imóvel acompanhada pelos engenheiros. "É inacreditável. O sonho de toda mulher é ser mãe e ter sua casa própria. Estou muito perto de realizar esse segundo sonho, que há uns anos parecia impossível", explicou, continuando: "Onde eu morava não dá nem para chamar de casa. Era uma tapera no Morro do Cruzeiro. Não tinha condições de continuar lá. Agora, vou poder buscar meus filhos, que estão com a avó em outra cidade, e ter toda a família reunida outra vez".