A sexta e última edição do Programa Social Povo das Águas de 2010 terminou no último sábado (4) com atendimento em saúde, assistência social e educação a 122 famílias ribeirinhas de várias regiões no curso dos rios Paraguai e São Lourenço, no Pantanal Norte. Durante cinco dias, 18 servidores de diversas áreas da Prefeitura de Corumbá, sob coordenação da Secretaria Especial de Integração das Políticas Sociais, percorreram quase 500 quilômetros (ida e volta) para prestar assistência em saúde e social a cerca de 500 pessoas residentes entre o Porto Maracangalha, a cerca de quatro horas de viagem da cidade, e a divisa com o Mato Grosso, mais de 30 horas rio acima.
Com serviços médicos, odontológicos, vacinação, apoio dos programas sociais, entre outros, a ação começou na quarta-feira (1º), nas regiões da Serra do Amolar e do Rio São Lourenço, onde a equipe se dividiu em duas e atendeu 35 famílias, a maior parte na Escola Municipal Rural Polo Porto Esperança – Extensão São Lourenço. Na quinta-feira, os trabalhos se concentraram no Porto São Pedro, em atendimento a 15 famílias das localidades do São Francisco, Bonfim, Mato Grande e Chané. À tarde, a equipe ofereceu os serviços a 31 famílias da Barra do Paraguai Mirim, na Escola Municipal Rural Polo Porto Esperança – Extensão Paraguai Mirim.
Na sexta-feira, terceiro dia, os trabalhos foram realizados no Porto do Zequinha, na região do Castelo, com 26 famílias atendidas, sendo que o encerramento ocorreu na manhã de sábado, no Porto Maracangalha, onde 15 famílias da região do São Domingos Ramos foram contempladas. No total, 122 famílias receberam serviços e itens de primeira necessidade, das 144 cadastradas inicialmente pela Gerência de Defesa Civil de Corumbá, quase 90% do previsto, já que algumas delas se mudaram para a cidade durante o período de seca intensa. Na primeira ação na região, realizada em julho deste ano, 138 famílias haviam recebido os mesmos serviços.
Para a coordenadora da equipe, pedagoga Elisama de Freitas Cabalhero, assessora da Secretaria de Políticas Sociais, a ação extremamente bem sucedida, graças à determinação da Administração municipal e ao empenho dos servidores. "Embora longa e cansativa, devido ao local onde se encontram os moradores, conseguimos chegar a todos eles e entregar todos os serviços previstos. Além disso, podemos dizer que fechamos 2010 com grande sucesso em todos os aspectos do programa, pois atingimos a meta de resgatar a noção de cidadania dos ribeirinhos pantaneiros e incluí-los nos serviços que o Poder Público tem obrigação de oferecer", afirmou.
No mesmo sentido, o agente da Defesa Civil Josiney Severino dos Santos entende que o maior benefício do programa é a mudança da visão que se tem hoje do ribeirinho na cidade. "Conseguimos dar mais força a essa população. Antes, ninguém se importava com ribeirinho. Hoje é diferente, pois ele chega à cidade e tem preferência nos serviços de saúde e assistência social, tem atenção especial e todo apoio dos órgãos públicos", observou, acrescentando: "Como exemplo, há alguns meses uma família da região do Paiaguás teve a casa completamente queimada, e em poucos dias conseguimos tudo o que era necessário para reconstruir a moradia".