A Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat) intensificou a fiscalização de caminhões na área central de Corumbá. Desde a semana passada, os veículos de grande porte estão proibidos de circular neste perímetro fora dos horários estipulados. Os veículos com peso acima de cinco toneladas só podem utilizar as vias depois das 21 horas e antes das 8 horas, de segunda a sexta-feira. No sábado, a restrição começa às 18 horas e no domingo às 14 horas, terminando sempre às 8 horas.
A área de restrição compreende a Avenida Nossa Senhora da Candelária entre as avenidas Barão do Rio Branco e General Dutra; General Dutra, entre a Nossa Senhora da Candelária e Rua Geraldino Martins de Barros; Rua Gonçalves Dias, entre as ruas XV de Novembro e a Edu Rocha; Edu Rocha, entre a Gonçalves Dias e América; América entre Edu Rocha e Marechal Deodoro; Marechal Deodoro entre a América e Cuiabá; Cuiabá entre a Marechal Deodoro e República do Paraguai; Avenida Gabriel Vandoni de Barros, entre a Dom Aquino e a General Rondon; e toda orla fluvial, entre a projeção da Gabriel Vandoni de Barros e a Nossa Senhora da Candelária.
Todas estas vias estão sinalizadas e apresentam placas informando sobre a restrição. Na semana passada, representantes de diversas empresas da área de transportes, supermercadistas, construção civil, fretistas e empreiteiras (inclusive as que prestam serviços ao Poder Público) participaram de reunião sobre o assunto. A diretora-presidente da Agetrat, Silvana Ricco, lembrou que a sinalização foi implementada há quase um ano e enfatizou a necessidade de se cumprir a legislação.
"Vamos utilizar o bom senso, escutar todas as empresas impactadas com esta situação e analisar caso a caso. Mas a regra deve ser respeitada por todos. Isso deve ficar bem claro", afirmou Silvana. Somente no primeiro semestre de 2010, mais de 50 multas foram aplicadas aos condutores que não respeitaram os horários estipulados para carga e descarga.
Conforme o engenheiro de trânsito da Agetrat, o trafego de caminhões deve crescer consideravelmente em Corumbá nos próximos anos. "Com a fase final da construção da carreteira na Bolívia, grande parte da carga que seguia até o Chile por Uruguaiana, deve passar por Corumbá, por onde os caminhoneiros devem encurtar a viagem em aproximadamente 4 mil quilômetros", explicou Raphael Kassar, acrescentando: "Por isso, a preocupação de evitar o tráfego de veículos pesados nestas áreas da cidade".
A circulação de caminhão-trator (cavalo mecânico) é proibida nesta zona de restrição 24 horas por dia. O caminho até o porto seco da Agesa, na rodovia Ramão Gomes, necessariamente deve ser feito pelo Anel Viário. A sinalização deste trajeto foi implementada pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit).