Pastoras, Marinheiros e Palhaços encerram o Carnaval Cultural

Marcos Boaventura
 

Arlequins, pierrôs e columbinas reviveram as antigas festas de salão do carnaval corumbaense, quando os clubes ditavam o ritmo da folia

Encerrando a sexta edição do Carnaval Cultural de Corumbá já na madrugada desta quarta-feira de cinzas (17), o Bloco dos Palhaços desfilou pela Avenida General Rondon com cerca de 300 integrantes. Arlequins, pierrôs e columbinas eram figuras certas nas antigas festas de salão. No carnaval corumbaense, os clubes ditavam o ritmo da folia até meados da década de 70.

Antes dos palhaços, passou pela passarela do samba o Bloco dos Marinheiros, que surgiu em Corumbá no primeiro quarto do século passado. A cidade era a única do Pantanal a possuir uma base naval, onde a predominância do contingente era de cariocas. Acostumados com a festa do Rio de Janeiro, os militares criaram em 1933 a Escola de Samba dos Marujos, onde a ala dos marinheiros era obrigatória.

O prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) e a primeira-dama e secretária especial de Integração das Políticas Sociais, Beatriz Cavassa de Oliveira, desfilaram pelo bloco. Eles e outros integrantes vestiam o uniforme branco, com detalhes azuis, cores tradicionais da Marinha do Brasil.

Outro destaque da noite de terça-feira (16) foi a Ala das Pastoras, uma das mais importantes dos antigos cordões. A ala conta a história que as personagens comandavam de perto de três a quatro músicos. Muito vaidosas, abusavam dos anéis, lenços ao pescoço, chapéu panamá. Tudo combinado com muita elegância.

E foi com estas características que a ala desfilou pela General Rondon. A cada ano, a Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal insere uma nova cor de fantasia na apresentação. Em 2010, o verde foi a novidade entre as pastoras. Segundo a tradição, são elas que possuem os segredos dos mestres do samba.

Rodrigo Nascimento – Subsecretaria de Comunicação Institucional

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