Corumbá e Ladário começam a discutir lei regional de pesca

 Prefeitura de Corumbá
  

 Ruiter e José Antônio assinam nesta semana Termo de Acordo para iniciar elaboração de legislação pesqueira específica para a região

As prefeituras de Corumbá e Ladário já começaram a discutir a criação de uma legislação de pesca específica para o Pantanal. Na sexta-feira, o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira se reuniu com o prefeito ladarense, José Antônio Assad de Faria, e com o deputado estadual Paulo Duarte para tratar do tema. Mais uma vez, representantes do trade turístico participaram ativamente do encontro, realizado na prefeitura corumbaense.

Precisamos ouvir todos os segmentos de Corumbá e Ladário para começarmos a trabalhar os termos desta legislação, onde os objetivos centrais são a preservação do Pantanal e a proteção do pescador ribeirinho”, destacou Ruiter. Ele e José Antônio assinam no início desta semana um Termo de Acordo que vai viabilizar e definir as ações conjuntas sobre a pesca no Pantanal.

Independente do que está sendo discutido em âmbito Estadual, precisamos de diretrizes que garantam a sustentabilidade de nossa região. Envolvendo Corumbá e Ladário nesta questão, podemos depois, inclusive, ampliar este debate para outras cidades de Mato Grosso do Sul e até de Mato Grosso que formam a planície pantaneira”, complementou o prefeito.

Proporcionalmente, Ladário tem uma das maiores colonias de pesca de Mato Grosso do Sul. Temos que garantir o futuro destes profissionais e buscarmos alternativas para tirá-los da situação de vulnerabilidade em que se encontram”, disse José Antônio. “Só uma legislação pesqueira específica para nossa região vai possibilitar esta preservação social e ambiental”, completou.

Para o deputado Paulo Duarte, os atravessadores exploram o pescador ribeirinho, deixando-o em situação econômica cada vez mais difícil. “Da forma como está, o atravessador, que geralmente vem de outras cidades, é o único que consegue lucrar com os peixes do Pantanal. Ele compra o produto a um valor muito baixo do pescador profissional, que acaba enfrentando todas essas dificuldades”, disse.

Defendo que a região tenha uma legislação de pesca específica e que os peixes capturados aqui não deixem os municípios para serem comercializados em outras cidades. Consultas indicam que, juridicamente, está é uma opção válida e legal”, afirmou o parlamentar.

Segundo a empresária Joyce Marques, proprietária do barco Kayamã Vip, os próprios turistas cobram regras mais rígidas para a pesca no Pantanal. “Ele vem aqui para sentir o prazer de fisgar e não para levar o peixe embora”, disse. “Se não tomarmos estas medidas agora, nosso futuro será negro”, constatou Luiz Martins, empresário e vice-presidente da Acert (Associação Corumbaense das Empresas regionais de Turismo).

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