Alguns personagens da sociedade são lembrados por suas realizações em momentos do passado e voltam à memória em determinadas datas. Outros, porém permanecem no imaginário popular tamanha sua importância pessoal ou na construção de um contexto coletivo.
Mas quando este personagem ajudou a levantar um dos maiores símbolos nacionais, sua relevância é incontestável e admirar seus feitos não se torna cansativo. A partir desta quarta-feira, 29 de abril, o Festival América do Sul, que acontece em Corumbá, recebe a Mostra de Croquis do arquiteto Oscar Niemeyer. As obras serão expostas no Instituto Luís de Albuquerque (ILA).
Responsável pelos projetos arquitetônicos de Brasília, a primeira projeção internacional de Niemeyer se deu com o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, nos anos 1940. As obras foram pedidas pelo então prefeito da capital mineira, Juscelino Kubitscheck, e engloba o Cassino da Pampulha, a Igreja de São Francisco, o Iate Clube, além de um salão de danças popular e um hotel.
É de Niemeyer também o Conjunto do Ibirapuera e o Edifício Copan, ambos em São Paulo. Em 2007, Oscar Niemeyer comemorou seu centenário e não deu mostras de que vai parar tão cedo. Até em Campo Grande os traços de Niemeyer podem ser vistos. A Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado, inaugurada em 1954 no centro da Capital, é projeto do arquiteto. O prédio tem o formato de um livro aberto, enquanto a caixa d’água da escola lembra um giz.
A Mostra de Croquis dos cadernos expositivos de Oscar Niemeyer tem curadoria do professor Rodrigo Queiroz, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). A exposição é feita em parceria com o Memorial da América Latina, que realiza a parte de curadoria compartilhada com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).
A abertura da exposição dos desenhos de Niemeyer será às 20h, no ILA. A mostra permanece aberta a visitação até 3 de maio, das 8h às 20h. O Instituto Luís de Albuquerque fica na Praça da República, 119. (Assessoria FAS)