Será terça-feira, 12 de agosto, a inauguração do Museu de História do Pantanal (Muhpan). A solenidade está marcada para às 17h, na rua Manoel Cavassa, 275, com uma exposição de abertura. A montagem do museu, localizado no Casario do Porto Geral, foi viabilizada por meio da lei Rounet, que concede benefícios fiscais a empresas que financiam atividades culturais. O trabalho, que tem apoio da Prefeitura de Corumbá, é uma realização da Fundação Barbosa Rodrigues, com supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), e patrocínio da Petrobras e Grupo Votorantim.
Abrigado no casarão Wanderley Baís, em frente ao Rio Paraguai, o Muhpan é uma viagem pelos oito mil anos da ocupação humana do Pantanal, uma das regiões mais belas do País. Retrata a identidade pantaneira, e funciona como um organismo vivo da história, contrastando artefatos pré-históricos com alta tecnologia.
O edifício, construído em 1876 – na época em que Corumbá era o terceiro mais importante porto fluvial da América Latina – tem mais de 1.500 metros quadrados e foi restaurado pelo Iphan, através do Projeto Monumenta. O elegante piso de ladrilhos hidráulicos tem mosaicos nas cores laranja, café, areia e preto, e suas janelas atraem os olhares para o Pantanal.
A maioria do material utilizado na obra do casario foi importada da Inglaterra, e desde 1992 é considerado patrimônio histórico pelo Iphan. O estilo neoclássico pode ser observado nos três pisos do monumento. A empresa Wanderley Baís & Cia. realizava transportes de mercadorias e passageiros entre os portos de Corumbá e Cuiabá, e mantinha negócios com os centros europeus. A construção foi restaurada e suas linhas originais detalhadamente mantidas, dentre elas, um mapa com a ferrovia Noroeste do Brasil em uma de suas paredes.