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A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) está executando serviços de melhorias na Estrada Parque, no trecho compreendido entre a ponte do Areião e Curva do Leque. Os serviços, segundo o arquiteto Luiz Mário Anache, diretor executivo da 8ª Residência Regional da Agência, fazem parte de um cronograma, visando a liberação da rodovia neste sábado, dia 2 de agosto.
A Estrada Parque foi interditada no início do mês de julho, em virtude da cheia do rio Paraguai. A interdição durou menos que os 30 dias previstos. Durante este período, estava liberado tráfego apenas do trecho entre o Buraco das Piranhas (BR-262) até a Curva do Leque.
Anache informa também que, neste sábado, o serviço de travessia de veículos, no rio Paraguai, através de balsa, também estará liberado a partir das 06h.
Atrativo
Apesar do elevado volume de água em alguns pontos da Estrada Parque, o ecoturismo na região, neste período, não foi prejudicado. Pelo contrário, esteve propício para contemplação.
A Estrada Parque é uma unidade de conservação de uso direto, reconhecida pelo Governo do Estado, no ano de 1993. É composta pelas rodovias estaduais de terra MS-184 e MS-228, e pelo seu entorno imediato de 300 m de cada lado da estrada.
São cerca de 120 km de extensão, iniciando no trevo da BR-262 (Buraco das Piranhas) e voltando a se interligar com a mesma rodovia, após a morraria do Urucum. Corta dois rios. O Miranda, no Passo do Lontra, a 7km da BR-262, e o rio Paraguai, onde a transposição é feita por balsa.
Em todo o trecho, são mais de 100 pontes de madeira, necessárias para a vazão das águas das cheias que ocorrem no Pantanal, nesta época do ano.
Ao longo da estrada distribuem-se diversos hotéis, pousadas, campings e pesqueiros, que oferecem opções de pesca, passeios de barco e de observação de natureza, além de restaurantes, postos de combustível e vilarejos onde se concentram famílias de pescadores.
O trajeto obedece uma antiga estrada boiadeira, aberta no início do século passado pela linha telegráfica, obra do Marechal Cândido Mariano Rondon.
É sempre possível observar uma comitiva de gado se deslocando para leilões ou para áreas mais altas, onde há mais pasto e a cheia do Pantanal não ameaça o rebanho.
Quem atravessa a unidade desfruta de paisagens bem diferentes: de serras e campos, de corixos ao caudaloso rio Paraguai, além das áreas de inundações sempre repletas de aves, capivaras e jacarés. A região é, de fato, perfeita para a observação de animais.