Divulgação |
Levantamento promovido pela Prefeitura de Corumbá, através da Gerência Municipal de Ações de Defesa Civil, está mapeando as áreas de encosta que apresentam riscos de desabamentos na cidade. O trabalho teve início em junho e acontece em parceria com o curso de Geografia do Campus do Pantanal, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
O cadastro é realizado com base em uma metodologia desenvolvida pelo Centro de Estudos de Pesquisas e Desastres (Ceped), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e difere do cadastramento feito em 2003. Naquela ocasião, a Defesa Civil identificou 2.780 imóveis localizados em áreas de risco, totalizando cerca de 8 mil moradores.
“Aquele primeiro levantamento não trazia a classificação por níveis, de acordo com o grau de risco de cada situação”, explicou o gerente de ações de Defesa Civil, capitão bombeiro Fábio Catarineli. Ele lembrou que a metodologia aplicada foi apresentada aos órgãos de Defesa Civil durante um curso promovido pelo Ministério das Cidades.
Esse novo sistema permite a classificação em quatro níveis de risco: baixo; médio; alto e muito alto. “Estes níveis permitirão ainda a identificação das prioridades de atendimento”, observou Catarineli. “A nova metodologia poderá trazer diferenças no que tange ao grau de risco de cada área”, argumentou o gerente de Defesa Civil ao lembrar que o trabalho de cinco anos fazia uma classificação bem mais simples dos locais.
As conclusões do novo cadastro servirão para a confecção de uma cartilha com indicações das áreas de riscos em encostas de Corumbá. Também serão apresentadas orientações à população a respeito de ações que podem evitar maiores danos nestes locais.
O mapeamento é realizado por uma equipe de 15 acadêmicos do curso de Geografia, que passaram por um treinamento na Gerência de Defesa Civil. Os estagiários percorrem todas as casas existentes na região de encosta para o levantamento de dados. Os trabalhos atingem os bairros da Cervejaria; Universitário; Beira Rio; Generoso; Arthur Marinho e a região do Centro conhecida como “Borrowski”.
O responsável pela coordenação das atividades, agente de Defesa Civil, Josiney Severino dos Santos, destacou que as conclusões ainda servirão como subsídios para os trabalhos de conclusão de curso dos universitários envolvidos na ação, que deve terminar até dezembro.