Foto: Marcos Boaventura |
O ministro da Cultura Gilberto Gil estará em Corumbá no dia 12 de agosto, na inauguração do Museu de História do Pantanal (Muhpan). A montagem do museu, localizado no Casario do Porto Geral, foi viabilizada por meio da lei Rounet, que concede benefícios fiscais a empresas que financiam atividades culturais. O trabalho, que tem apoio da Prefeitura de Corumbá, é uma realização da Fundação Barbosa Rodrigues, com supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), e patrocínio da Petrobras e Grupo Votorantim.
Abrigado no casarão Wanderley & Baís, em frente ao Rio Paraguai, o Muhpan é uma viagem pelos oito mil anos da ocupação humana do Pantanal, uma das regiões mais belas do País. Retrata a identidade pantaneira, e funciona como um organismo vivo da história, contrastando artefatos pré-históricos com alta tecnologia. O edifício, construído em 1876 – na época
A maioria do material utilizado na obra do casario foi importada da Inglaterra, e desde 1992 é considerado patrimônio histórico pelo Iphan. O estilo neoclássico pode ser observado nos três pisos do monumento. A empresa Wanderley Baís & Cia. realizava transportes de mercadorias e passageiros entre os portos de Corumbá e Cuiabá, e mantinha negócios com os centros europeus. A construção foi restaurada e suas linhas originais detalhadamente mantidas, dentre elas, um mapa com a ferrovia Noroeste do Brasil em uma de suas paredes.
Com recursos cenográficos e tecnológicos, a história do Pantanal é contada de maneira lúdica, didática e interativa. O Muhpan convida o público a mergulhar na memória e no imaginário pantaneiro.
A viagem começa em um túnel de imersão, onde são projetadas imagens e trechos da poesia de Manoel de Barros em um corredor de espelhos. Seguindo pela sala Os Pantanais, o visitante encontra uma canoa Guató, uma forte referência ao assoreamento do Rio Taquari, e fotos e mapas que retratam as sub-regiões do Pantanal.
A visita segue pela pré-história no andar seguinte, onde fósseis e fragmentos arqueológicos retratam os primeiros vestígios humanos na região. Em ordem cronológica, o roteiro expõe a conquista espanhola, as missões jesuíticas e incursões bandeirantes. Passa pelas expedições científicas do início do século 20, pela Guerra do Paraguai, pela próspera Corumbá dos imigrantes, e termina no século 20 da Ferrovia Noroeste, da pecuária e da mineração mato-grossense.
O Muhpan conta com o apoio de estagiários dos cursos de Geografia, Turismo e História, cedidos pela Prefeitura de Corumbá. (Com informações da Fundação Barbosa Rodrigues)