O turismo de pesca é o setor mais consolidado em Corumbá. Conta com uma importante frota de barcos para pesca amadora fluvial, provavelmente a maior da América do Sul, oferecendo conforto, segurança, e atendimento personalizado. O Pantanal é um atrativo à parte, com a sua exuberância, belezas e a diversidade das espécies.
Conforme dados fornecidos pela Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (Acert), de março a outubro, o setor injeta diretamente na economia do município cerca de R$ 26,5 milhões. Já entre os meses de novembro a fevereiro, época de manutenção e reforma das embarcações, é injetado aproximadamente, R$ 9,5 milhões.
O setor emprega diretamente 4.568 marítimos, 219 funcionários na área administrativa e movimenta ainda aproximadamente 560 profissionais liberais para a manutenção das empresas e embarcações, tais como mecânicos, eletricistas, encanadores, costureiras, marceneiros, soldadores, pintores, entre outros.
Ainda de acordo com os dados da Acert, as vinte empresas associadas fecharam para este ano 254 grupos, ou seja, cerca 4 mil pessoas vão passar por Corumbá até outubro, fim da temporada.
Na avaliação do empresário Luís Martins, 2008 está sendo o melhor ano de todos os tempos para o setor. “Estamos operando com 80% de nossa capacidade, isso nunca aconteceu entre os meses de março a julho. A expectativa para os meses de julho a outubro, considerados alta temporada, também é positiva o setor deve operar com apenas 10% de sua capacidade livre”, afirma.
O empresário relaciona esse crescimento aos serviços prestados, à infra-estrutura das embarcações e à profissionalização dos funcionários. “O turismo de pesca é o único produto que nós vendemos e podemos entregar. Faça chuva, faça sol o Rio Paraguai é navegável. Cada pescaria é uma história, por isso 70% dos nossos turistas sempre voltam”, explica.
Para ele, o turismo de pesca melhorou muito, quase 100%. “Tivemos momentos em que 90% do turismo era de contemplação e apenas 10% de pesca, dado as dificuldades de logística, perdemos este mercado. Hoje a realidade que vivemos é inversa, 90% é de pesca e apenas 10% de contemplação. Acredito que em Corumbá há espaço tanto para o turismo de pesca, quanto para o ecoturismo”, afirma.
Infra-estrutura
A frota é composta por trinta e três barcos que somam mais de 600 leitos. O número de leitos varia de oito a 108, dando maior flexibilidade para os turistas ou pescadores formarem seus grupos.
A frota é submetida a rigorosas vistorias efetuadas pela Capitania dos Portos do Pantanal do Mato Grosso do Sul. Vistoria em seco onde são inspecionados os cascos das embarcações e vistoria flutuando na qual é analisado a segurança, salvatagem, máquinas, combate a incêndio, luzes de navegação e rádio comunicação.
Tudo isso sem prejudicar o conforto. Os barcos oferecem um pacote de cinco dias, onde está incluso, camarotes com banheiro privativo, ar condicionado, alguns com frigobar, refeitório com ar condicionado, TV, DVD, karaoquê, aparelho de som, antena parabólica, bar.