Para Ruiter, pólo gás-químico será excelente para Corumbá

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 Prefeito Ruiter Cunha articulou retomada de pólo com presidente Lula

A articulação política do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) junto ao Governo Federal, ao longo dos últimos quatro anos – período de sua primeira gestão –, resultou no comprometimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em retomar o projeto do pólo gás-químico binacional em Corumbá. Pela proposta presidencial a ideia é criar parques industriais em Corumbá e na cidade boliviana de Puerto Suárez. “O anúncio de retomar o projeto do pólo ainda este ano, feito pelo presidente Lula, é excelente para Corumbá”, afirmou Ruiter.

O projeto do pólo binacional começou a ser discutido pela administração do ex-governador Zeca do PT. Em 2001 o Governo do Estado participou da Feira Internacional do Plástico em Dusseldorf, na Alemanha, e apresentou a proposta que tem a finalidade de expandir a indústria de transformação de plástico com a utilização do gás natural.

A importância do pólo gás-químico na região foi incluída na Carta dos Municípios da Fronteira Pantaneira entregue por Ruiter aos presidentes Lula e Evo Morales. É uma das principais reivindicações do documento assinado pelos prefeitos Ruiter Cunha de Oliveira (Corumbá); José Antônio Assad e Faria (Ladário) Aldo Clavijo (Puerto Quijarro) e Romualdo Hurtado (Puerto Suárez).

Emprego e renda

Para Ruiter, a implantação é fundamental para o enfrentamento da crise financeira internacional. Os resultados positivos do investimento teriam reflexos nos dois países, não ficaria restrito apenas às cidades fronteiriças que vão sediar os parques industriais.

“Entendemos, assim como o presidente Lula, que crise se vence com trabalho, criatividade e ousadia. Essa possibilidade de implantação do pólo permitirá enfrentar os problemas juntos e trazer maior qualidade de vida para essas comunidades”. O investimento permitirá a geração de emprego e renda, questões vitais para a superação de crises financeiras.

O presidente Lula disse ao prefeito Ruiter Cunha que deseja voltar a Corumbá para lanças obras, entre elas, a do pólo gás-químico binacional. “Tenho a esperança de vir, e se Deus ajudar, ainda neste ano. E se a empresa brasileira Brasken, a Petrobras e a YPFB (estatal responsável pela venda do gás boliviano) estiverem de acordo, poderemos estar lançando o extraordinário projeto gás-químico entre Corumbá e Puerto Suárez”, afirmou o chefe de governo e estado brasileiro. Uma data pré-agendada para a visita a Corumbá seria 08 de maio.

O pólo

O pólo gás-químico é um complexo industrial que tem como base a refinaria de gás, que extrai do gás natural o polietileno e outros polímeros que são a base para a fabricação de diversos tipos de plásticos. Estimativas da administração do ex-governador Zeca do PT indicavam que a construção do pólo gás-químico de Corumbá custaria cerca de US$ 2 bilhões. Na construção a perspectiva era de geração de seis mil empregos, durante a operação 400 diretos e dois mil indiretos.

Pelo projeto do governo anterior, o pólo seria formado por três indústrias, uma separadora de gás que vai extrair o GLP (gás de cozinha); uma transformadora (Cracker), que é responsável pela transformação do etano em eteno, matéria-prima para terceira indústria que é a polimerização.

Os produtos gerados pelos pólo gás-químico serão: gás de cozinha, polietileno – que é a matéria-prima da indústria do plástico – e amônia para produção de fertilizantes. No momento inicial o polietileno seria consumido por São Paulo (75%), exportação (15%), Bolívia (8%) e Mato Grosso do Sul (2%).

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