Arquivo PMC |
|
Com o nome de origem tupi-guarani curupah – que significa “lugar distante” – Corumbá comemora neste dia 21 de setembro, 231 anos de fundação. Conhecida como Cidade Branca por causa da cor clara de seu solo, rico em calcário, foi fundada em 1778 por Luiz de Albuquerque, para impedir os avanços dos espanhóis pela fronteira brasileira em busca de ouro, com a denominação de Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque, primeira nome do vilarejo que transformou-se no principal entreposto comercial da região, quando foi liberada a passagem, pelo Rio Paraguai, de barcos do Brasil e do Paraguai e, pela importância comercial que passou a ter, em 1838, foi elevado a Distrito e, em 1850, à Município.
A ocupação desta região teve início quando a expectativa de encontrar ouro fez com que a área pertencente ao município fosse explorada pelos portugueses, que começaram a chegar ao local em 1524. Durante a Guerra do Paraguai foi palco de uma das principais batalhas e a Freguesia de Santa Cruz de Corumbá, nome que passou a ter, foi ocupada e destruída por tropas de Solano Lopez, em 1865.
A partir de 1870, ao ser retomada pelo tenente-coronel Antônio Maria Coelho, a cidade começou a ser reconstruída. Na mesma época, imigrantes europeus e de outros países sul-americanos chegaram à cidade. O fim da guerra e o estabelecimento desses estrangeiros impulsionaram o desenvolvimento de Corumbá, que passou a ter o terceiro maior porto da América Latina até 1930.
Até a década de 50, os rios Paraguai, Paraná e Prata eram os únicos meios de comunicação da região. Assim, a cidade vivia sob a influência dos países da Bacia do Prata, dos quais herdou grande parte dos seus costumes, hábitos e linguagem; isso ocorreu naturalmente devido a sua localização fronteiriça e ao isolamento físico que sofria na época.
No início do século XX, porém, a chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil deslocou o eixo comercial do sul do estado – na época ainda Mato Grosso – para Campo Grande. Os grandes comerciantes locais mudaram-se para outras cidades e Corumbá passou a priorizar comercialmente a exploração mineral as atividades rurais, como a agropecuária.
A cidade iniciou atividades industriais na década de 1940, com a exploração das reservas de calcário – excelente para a indústria do cimento – e outros minérios. No final dos anos 1970, o turismo começou a ser explorado, revelando nova infra-estrutura e viabilizando a restauração das construções históricas.
Com o Pantanal ocupando 60 % de seu território, Corumbá passou a ser chamada de Capital do Pantanal, constituindo-se o principal portal para o santuário ecológico. Hoje, com cerca de 100 mil habitantes, é uma das principais cidades do Mato Grosso do Sul.