Prefeitura embarga obras da Sanesul e exige recuperação de vias

  Marcos Boaventura
  

As obras ficarão paralisadas até que seja feita a recuperação total da pavimentação e dos demais equipamentos urbanos

Após várias notificações, reuniões e nenhuma medida efetiva tomada pela Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), a Prefeitura de Corumbá embargou hoje (4) as obras de esgotamento sanitário conduzidas pela concessionária no bairro Popular Nova. “Depois de vários meses de fiscalização e notificações à concessionária sobre a forma de execução dos serviços de esgotamento sanitário, sem nenhuma resposta efetiva para solução dos problemas, a prefeitura está realizando neste primeiro momento o embargo das obras naquela região”, informou o secretário executivo de Infra-estrutura e Serviços Públicos, Ricardo Ametlla.

O secretário explicou que as obras ficarão paralisadas até que seja feita a recuperação total da pavimentação e dos demais equipamentos urbanos (como sarjetas e guias), e a limpeza das ruas daquele bairro. As vias danificadas pelo serviço totalizam cerca de 1.070 metros.  “Entendemos que essas obras trarão, quando terminadas, grandes benefícios à saúde pública dos corumbaenses, mas concomitantemente à sua execução, o Município não pode aceitar a forma de execução desrespeitosa com a população”, continuou Ametlla, lembrando que os serviços poderão ser retomados tão logo a empresa estadual cumpra o cronograma traçado inicialmente.

Embora a interdição tenha ocorrido inicialmente no bairro Popular Nova, o problema é maior. Ainda conforme Ametlla, a ocorrência de buracos deixados pelas ruas da cidade é muito grande e, como as obras não estão sendo devidamente identificadas como de responsabilidade da Sanesul, podem passar a impressão para a população de que “a culpa é da prefeitura”. Ele reforçou que o assunto já foi amplamente discutido com a direção da empresa em Corumbá e em Campo Grande, “mas as irregularidades continuam sendo cometidas, provocando reclamações constantes da população”.

No início desta semana, o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) já havia afirmado que, se as irregularidades persistissem, não hesitaria em tomar medidas drásticas contra o comportamento da empresa, com base nas cláusulas do contrato de concessão. Conforme ele, não só as obras podem ser interditadas, mas também o próprio contrato de concessão pode ser suspenso. “Não podemos permitir que a população seja penalizada com buracos nas ruas, devido a um serviço sem qualidade”, resumiu.

Rodrigo Nascimento – Subsecretaria de Comunicação Institucional

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