Histórias pessoais ilustram presença pública na vida das mulheres

Gesiel Rocha

Os produtos AMAC são um exemplo das políticas, ações e projetos de atenção à mulher que a Prefeitura Municipal tem colocado em prática

Era cedo ainda da tarde de domingo, 7 de março, quando quatro mulheres se reuniam no fundo do quintal ensombrado da casa de Rosemara Romão de Oliveira, uniformizadas com suas camisetas lilás, nas quais se podia ler: “A paixão pelo feito à mão”. Sobre uma mesa de granito estendiam-se roupas estilizadas, bordados, bolsas de cartões telefônicos e de embalagens plásticas – com alças de lacre de latas de cerveja –, cadernos encapados com borracha EVA, porta-jóias de gesso, flores de meia de seda. Uma pequena demonstração de como as iniciativas do Poder Público, quando conduzidas com seriedade, podem se materializar e transformar a vida das pessoas da forma mais simples, mas efetiva possível.

Os produtos da Associação de Mulheres Artesãs de Corumbá (AMAC) constituem um exemplo das políticas, ações e projetos de atenção à mulher que a Prefeitura Municipal tem colocado em prática ao longo dos últimos anos, e dos quais pode se orgulhar neste dia 8, o Dia Internacional da Mulher. São programas de saúde, que visam desde prevenir e tratar doenças graves até o planejamento familiar e o combate à violência doméstica; programas como o oferecimento de creche durante as férias escolares e a licença maternidade de 180 dias para servidoras públicas municipais; e projetos como a capacitação de mulheres para transformar lixo em arte, e para que mulheres comuns atuem como promotoras populares.

“Aqui fico perto da minha casa, dos meus filhos. A família é muito importante nesta hora”, diz Venina da Silva Arruda, 66 anos, referindo-se ao Centro de Prevenção e Tratamento em Oncologia Dr. Hugo Costa, em Corumbá, onde recebe tratamento quimioterápico contra o câncer de mama, referência na área em toda a região pantaneira. “É uma experiência marcante que a gente adquire. Aqui aprendemos não só a cuidar, mas também a educar nossas crianças”, diz Lucimery da Silva Penha, 28 anos, sobre o programa Mãe Crechera, que garante creche para as crianças e ocupação para as mães no período de férias escolares, e já atendeu mais de 2 mil crianças, sendo por isso reconhecido nacionalmente.

Enfatizando a satisfação de contribuir para a cidadania, a estudante Maria do Carmo Gonçalves Góes Mendonça, 24 anos, assim define a sua participação no projeto Promotoras Legais Populares: “Como tal, ajudo a difundir os direitos e deveres de mulheres, crianças e de cidadania em geral na minha comunidade. Tenho condições de orientar as pessoas sobre como defender aquilo a que têm direito”. “Tiramos de uma experiência complicada uma oportunidade de gerar renda e nos inserir na sociedade”, resume a artesã Rosemara, 39 anos, a respeito do curso do qual participou no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), que permitiu a ela outras 15 mulheres transformar o que é descartável em arte.

São histórias de vida diversas, cada uma com sua peculiaridade e motivos distintos, que têm em comum a presença da ação gestora, promotora ou mobilizadora do Poder Público. Por um lado, cumprindo a função constitucional de garantir à população toda atenção e cuidado em saúde e assistência social que lhe é de direito; por outro, recorrendo à criatividade, superando obstáculos e incentivando a mobilização social para tonar a vida das pessoas, e especial das mulheres, mais cidadã, democrática e justa. Considerando a Administração municipal que, em todo o Mato Grosso do Sul, mais tem representantes do gênero feminino ocupando cargos importantes, não poderia mesmo ser diferente.

Gesiel Rocha – Subsecretaria de Comunicação Institucional

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